PSD/Madeira vai avançar para novo Governo Regional
A confirmação foi dada por João Cunha e Silva, presidente do Conselho Regional do PSD, depois de o CDS/Madeira não ter concordado que Albuquerque, demissionário, se mantenha no cargo até à votação do Orçamento regional.
O PSD/Madeira está preparado para apresentar um novo Governo Regional e um novo orçamento. Os social-democratas rejeitaram a hipótese de eleições antecipadas, tendo uma reunião marcada para esta quinta-feira, dia 1 de fevereiro, avançou aRTP.
"Nós temos a possibilidade de apresentar um Governo e temos a possibilidade de apresentar um Orçamento e pôr a Madeira a funcionar, garantindo estabilidade para os próximos tempos", disse João Cunha e Silva, presidente do Conselho Regional do PSD à RTP. "Não creio que havendo uma maioria parlamentar haja argumentos que justifiquem a dissolução do Parlamento."
Defendeu que a demissão de Miguel Albuquerque deve ter efeitos imediatos, tendo ainda garantido que as eleições antecipadas trariam instabilidade para a Madeira.
Miguel Albuquerque renunciou ao cargo de presidente do Governo da Madeira na segunda-feira, dia 29, dois dias depois de ter sido constituído arguido num processo onde é suspeito de crimes de corrupção, participação económica em negócio e prevaricação e também de eventual violação de regras comunitárias em matéria de adjudicação.
O anúncio do presidente do Conselho Regional do PSD de hoje surge após o PAN/Madeira ter exigido a demissão de Miguel Albuquerque, mas mostrando-se aberto a esperar pela votação do Orçamento em fevereiro com o acordo de incidência parlamentar que suporta a maioria absoluta que a coligação PSD/CDS-PP tem na Assembleia Legislativa da Madeira.
Mas Rui Barreto, líder do CDS-PP/Madeira, defendeu na segunda-feira a exoneração imediata de Miguel Albuquerque e a indigitação de um novo executivo.
Na semana passada, a Polícia Judiciária realizou várias buscas na Madeira, nos Açores e em várias empresas no continente, no qual Miguel Albuquerque foi constituído arguido. No âmbito da operação foram detidos Pedro Calado, ex-presidente da Câmara do Funchal, Avelino Farinha, líder do grupo AFA no Funchal e o principal acionista do grupo ligado à construção civil Socicorreia, Custódio Correia.
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