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Presidênciais: Gouveia e Melo indica habitação, saúde e imigração como "problemas graves"

Lusa 22 de agosto de 2025 às 22:01

"Temos um problema de se estar a gerar ódios dentro da nossa sociedade, em vez de confiança e isso vai afetar a nossa democracia, de forma direta ou indireta a médio e longo prazo", afirmou o candidato à Presidência.

O candidato presidencial Gouveia e Melo indicou esta sexta-feira a habitação, saúde e imigração como os "problemas graves" da sociedade portuguesa que geram ódios e com isso afeta-se a democracia a longo prazo.
Gouveia e Melo discursa num evento
"Nós temos problemas graves na sociedade portuguesa. Além dos fogos que foi evidente, temos problemas gravíssimos de habitação que está a deslaçar a nossa própria sociedade, a criar problemas tremendos dentro da nossa sociedade", indicou. Aos jornalistas, disse ainda que Portugal tem também "um problema de saúde" e que os portugueses têm essa perceção. "E há um problema também, indiretamente, com o problema da saúde, o fenómeno da migração", acrescentou. Para Gouveia e Melo, "esse problema é ainda mais complexo, porque a nossa economia também precisa de imigrantes e, portanto, tem que haver uma boa gestão". "Temos um problema de se estar a gerar ódios dentro da nossa sociedade, em vez de confiança e isso vai afetar a nossa democracia, de forma direta ou indireta a médio e longo prazo", considerou. Neste sentido, afirmou que é necessário "gerar confiança, gerar esperança e realizar coisas" e não "andar a prometer e nada acontecer". Referindo-se aos incêndios, o candidato presidencial questionou se "esta situação dos fogos é aceitável". "Se não é aceitável, o Estado fez tudo o que podia ter feito para evitar ou não?", perguntou, acrescentando que não fez e que é necessário fazer "melhor e diferente". Gouveia e Melo visitou pela primeira vez a Feira de São Mateus, que este ano vai na 633.ª edição, e das pessoas ouviu palavras de incentivo e de apoio, tirou fotografias e ouviu pedidos para "quando ganhar, educar o Governo, que precisa de ser educado". Aos jornalistas, Gouveia e Melo admitiu não concordar com a necessidade de educar o Governo, porque "nenhum presidente educa um governo, acompanha quando tem de acompanhar, ajuda quando tem de ajudar e chama a atenção quando tiver de chamar à atenção", como faria, disse, para os "problemas graves" que descreveu. Durante a hora que a agência Lusa acompanhou a visita, Gouveia e Melo abordou temas como a sustentabilidade e a erradicação da pobreza e fez um rastreio à sua tensão arterial, que estava a 7-10. "Estou aqui em grande forma física", reagiu. Questionado sobre se se manteria assim no caso de ser eleito e perante situações como as que o país vive atualmente com os incêndios, Gouveia e Melo puxou a si a veia militar. "O meu treino, o meu passado militar, permite-me enfrentar situações muito difíceis mantendo a tensão controlada, no entanto há coisas que têm de ser ditas e há momentos em que não podemos esperar para dizer certo tipo de coisas", assumiu.
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