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Portugal registou 117 mortes por afogamento em 2018

11 de fevereiro de 2019 às 13:13

A maioria das mortes ocorreu em pessoas com idades acima dos 40 anos e foram mais homens que mulheres, 88 e 28 respetivamente.

Portugal registou 117 mortes por afogamento em 2018, menos 4,1% do que no ano anterior, de acordo com o Relatório Nacional de Afogamento divulgado esta segunda-feira pela Federação Portuguesa de Nadadores Salvadores (FEPONS).

Segundo os dados do relatório, a maioria das mortes ocorreu em pessoas com idades acima dos 40 anos e foram mais homens que mulheres, 88 e 28 respetivamente.

Abril foi o mês em que se registaram mais casos, com 16 afogamentos (13,7%), seguido de setembro e outubro, com 15 (12,8% cada), sendo a tarde o período do dia com mais registos, 42,7%, e a terça-feira o dia em que ocorreram mais mortes (18,8%).

De salientar no relatório é que os registos das mortes nos meses da época balnear, entre maio e setembro, são inferiores (44,4%) ao dos meses fora da época balnear (55,6%).

Nos meses de junho a setembro registaram-se 45 mortes por afogamento o que, comparando com os dados de 2017, 51 mortos, indica uma descida de 11,8%.

No mar é onde mais pessoas continuam a morrer, com 43 registos (36,8%), seguido dos rios, com 35 (29,9%) e barragens, 12 (10,3%). Em 2018 registaram-se, igualmente, oito mortes (6,8%) em poços e seis em piscinas domésticas (5,1%).

Em relação à distribuição geográfica, a maioria das mortes ocorreu no distrito do Porto, com 18 mortes (15,4%), Lisboa com 14 (12%) e Setúbal com 12 (10,3%).

De acordo com o relatório, a maior parte das mortes aconteceu quando as pessoas estavam a tomar banho recreativamente, 19 casos (16,2%), e em atividades ligadas à pesca com cana, 12 (17,1%).

A maioria das mortes (71 casos) não foi presenciada por ninguém, tendo 46 tido a presença de alguém no momento, enquanto 27 casos foram alvo de tentativa de salvamento e em 90 deles não houve qualquer tentativa.

O Relatório Nacional de Afogamento de 2018 foi elaborado com dados estatísticos obtidos pelo Observatório do Afogamento, criado pela Federação Portuguesa de Nadadores Salvadores, após recomendações da Organização Mundial de Saúde e da Internacional Lifesaving Federation, que catalogaram o afogamento como um problema de saúde pública.

A Federação Portuguesa de Nadadores Salvadores lança agora a segunda fase da campanha de prevenção "SOS Afogamento" para escolas de natação, uma iniciativa que difunde trimestralmente conselhos de segurança com base estatística do Observatório do Afogamento.

Esta fase promove a segurança aquática nas escolas de natação portuguesas, através de um processo de certificação da FEPONS, aumentando a prevenção do afogamento em Portugal e tornando as escolas de natação mais atrativas, estando disponível no site da Federação.

A campanha de prevenção tem o apoio da Internacional Lifesaving Federation – Europe, da Federación Latinoamericana de Salvamento y Socorrismo, da Fundação Vodafone Portugal.

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