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PCP repudia conferência nacionalista de sábado e considera-a uma "ofensa"

07 de agosto de 2019 às 11:53

"É uma ofensa aos que durante décadas se bateram pela liberdade e a democracia", defende o partido.

Os dirigentes doPCPrepudiaram hoje, em comunicado, a realização de uma conferência nacionalista em Lisboa, considerando a iniciativa marcada para a tarde de sábado uma "ofensa".

"O PCP repudia a realização em Portugal de uma denominada conferência nacionalista, anunciada para o próximo dia 10 de agosto. A realização de tal evento, no ano em que se comemoram os 45 anos da Revolução de Abril, é uma ofensa aos que durante décadas se bateram pela liberdade e a democracia e em vários casos, nomeadamente militantes comunistas, pagaram com a própria vida", lê-se no texto.

Os comunistas sublinham ainda "os valores progressistas constantes na Constituição da República, de rejeição do racismo e xenofobia e de estruturas que perfilhem a ideologia fascista".

Entretanto, também oBEe o Livre se posicionaram contra a conferência internacional organizada pelo movimento de extrema-direita Nova Ordem Social, apelando às autoridades para atuarem no sentido de o evento não ter lugar e afirmando que vão estar presentes na contra-manifestação antifascista agendada também para sábado no Rossio.

Um total de 65 organizações antifascistas, 28 portuguesas e 37 estrangeiras, subscreveram um manifesto contra a iniciativa da Nova Ordem Social, movimento dirigido pelo já condenado por vários crimes de índole racial Mário Machado, e estão a organizar a "mobilização nacional antifascista", tendo angariado já 6.296 aderentes de uma petição pública eletrónica que pede ação às autoridades políticas portuguesas contra aquilo que consideram ser um evento neonazi.

Os organizadores da conferência nacionalista só pretendem divulgar o local do seu evento, marcado para as 14:00, no próprio dia, pelas 09:00, segundo a página do fórum do movimento Nova Ordem Social na internet, que já confirmou a presença de representantes de partidos e movimentos europeus de extrema-direita: Josele Sanchez (Espanha), Adrianna Gasiorek (Polónia), Blagovest Asenov (Bulgária), Francesca Rizzi (Itália), Mattias Deyda (Alemanha ) e Yvan Benedetti (França).

Fonte policial adiantara já à Lusa que o Serviço de Informações de Segurança (SIS) está a acompanhar "muito de perto" a conferência nacionalista.

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