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Parlamento confirma não ter recebido baixa de Miguel Arruda

Leonor Riso , Alexandre R. Malhado 31 de janeiro de 2025 às 14:41

O ex-deputado do Chega, agora não-inscrito, já soma duas faltas injustificadas, de acordo com dados da Assembleia da República. Se continuar, pode perder mandato.

Os serviços da Assembleia da República ainda não receberam qualquer baixa médica enviada por Miguel Arruda, deputado que se desvinculou do Chega depois do escândalo das malas furtadas.

A confirmação foi dada pelo Gabinete da Secretária-Geral da Assembleia da República à SÁBADO esta sexta-feira: "Até ao momento, o senhor deputado Miguel Arruda não apresentou qualquer baixa médica."

De acordo com o registo de presenças dos deputados da Assembleia, Miguel Arruda tem duas faltas não justificadas ao plenário: a 29 e 30 de janeiro. Recorde-se que o deputado agora não-inscrito disse à RTP Açores que tinha enviado o documento da baixa ao Parlamento na terça-feira, 28, após chegar ao arquipélago. Mencionou ainda que renunciar ao mandato era uma situação que "tem de ser muito bem pensada".

Caso o ex-deputado do Chega dê mais de quatro faltas injustificadas, arranca um processo que pode acabar na perda de mandato. 

Miguel Arruda, cabeça de lista pelo Chega nos Açores, foi constituído arguido por suspeita do furto de malas no aeroporto de Lisboa, e a PSP realizou buscas nas casas do deputado em São Miguel e em Lisboa.

Em causa estão suspeitas de crimes de furto qualificado e contra a propriedade. Miguel Arruda terá furtado malas dos tapetes de bagagens das chegadas do aeroporto de Lisboa quando viajava vindo dos Açores no início das semanas de trabalhos parlamentares.

A PSP indicou que o deputado do Chega não foi logo detido, porque primeiro era necessário o levantamento da sua imunidade parlamentar. Uma interpretação que vários deputados contactados pela agência Lusa consideraram "discutível". Ou seja, de acordo com esta interpretação, Miguel Arruda poderia ter sido detido em flagrante delito no passado dia 21.

Na terça-feira, o Ministério Público revelou que acordou com a Assembleia da República, através da Procuradoria-Geral da República o dia de segunda-feira para apreender malas e outros objetos no gabinete do deputado eleito pelo Chega Miguel Arruda no parlamento. O parlamento indicou 27 de janeiro [segunda-feira] para a realização da diligência.

Com Lusa 

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