Secções
Entrar

Morreu Teresa Caeiro, ex-deputada do CDS e antiga vice-presidente do Parlamento

CM 15 de agosto de 2025 às 10:17

Tinha 56 anos.

A ex-deputada do CDS e antiga vice-presidente do Parlamento, Teresa Caeiro, morreu esta quinta-feira aos 56 anos. 
Teresa Caeiro
Licenciada e mestre em direito, a jurista trabalhou ao longo do seu percurso sempre ligada à política. Ultrapassou vários governos e transformou-se numa figura do CDS. Entre o período de 2011 e 2019 foi vice-presidente do Parlamento. 
Contudo, em julho de 2025 tomou a decisão de se desfiliar do partido.  O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, destacou, numa mensagem divulgada na página da Presidência na quinta-feira à noite, que "Teresa Caeiro deixa uma enorme saudade do seu contributo ao serviço do país e do trato sempre afável", lamentando "profundamente o desaparecimento precoce". "Neste momento de perda, o Presidente da República envia à Família e aos amigos as mais sentidas condolências", pode ler-se. O líder do grupo parlamentar do CDS-PP, Paulo Núncio, lembrou que Teresa Caeiro era uma pessoa "extraordinariamente generosa, que exerceu sempre cargos políticos com enorme dedicação, enorme sentido cívico e de serviço público". "Também conhecida por Tegui deixa muitas saudades. Entregou grande parte da sua vida à causa pública (...). Apesar de ser coerente politicamente, era muito respeitada por todos os quadrantes políticos, por todos os partidos. Merece ser recordada como alguém que fez bem a Portugal, e que serviu com grande generosidade", vincou Paulo Núncio à agência Lusa. Também o antigo presidente da Assembleia da República Eduardo Ferro Rodrigues manifestou à Lusa estar chocado com a notícia da morte de "uma amiga". "[Foi] Uma vice-presidente que sempre honrou o Parlamento, envio um abraço a toda a sua família. Até sempre, Teresa", salientou o socialista, que foi líder da Assembleia da República quando Teresa Caeiro ocupava a vice-presidência. Formada em Direito pela Universidade de Lisboa, já no final dos anos 1990 o líder do CDS-PP, Paulo Portas, chamou Teresa Caeiro para assessora jurídica do grupo parlamentar dos democratas-cristãos na Assembleia da República, sendo depois chefe de gabinete do mesmo grupo parlamentar, de acordo com a sua biografia. Em 2002 foi eleita deputada pela primeira vez, tendo sido nomeado no mesmo ano para o cargo de governadora civil de Lisboa. Integrou, em 2003, o Governo liderado por Durão Barroso, assumindo o cargo de secretária de Estado da Segurança Social, e, mais tarde, no executivo de Pedro Santana Lopes, foi Secretária de Estado das Artes e dos Espectáculos. Foi vice-presidente da Assembleia da República em três legislaturas (X, XI e XII). Em julho anunciou em entrevista à Antena 1 a desvinculação do CDS-PP, após 30 anos de militância. "O projeto partidário do CDS não evoluiu, não inovou, não tem identidade própria e, francamente, não me mobiliza", alegou a antiga secretária de Estado.
Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
Artigos recomendados
As mais lidas
Exclusivo

Operação Influencer. Os segredos escondidos na pen 19

TextoCarlos Rodrigues Lima
FotosCarlos Rodrigues Lima
Portugal

Assim se fez (e desfez) o tribunal mais poderoso do País

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela
Portugal

O estranho caso da escuta, do bruxo Demba e do juiz vingativo

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela