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Ministério Público investiga morte de bebé à porta de urgências de Idanha-a-Nova

Lusa 02 de setembro de 2025 às 08:45

Centro de saúde de Idanha-a-Nova recusou atendimento do bebé por estar perto da hora de fecho.

O Ministério Público está a investigar a morte de um bebé de 11 meses que terá sofrido uma paragem cardiorrespiratória à porta do centro de saúde de Idanha-a-Nova, no distrito de Castelo Branco.
Dongxu Fang / Costfoto/Future Publishing via Getty Images
O canal TV Record noticiou na segunda-feira que um bebé terá morrido à porta do centro de saúde de Idanha-a-Nova, no dia 22 de agosto, depois do atendimento lhe ter sido recusado por estar perto da hora de fecho da unidade de saúde, segundo a mãe da criança. O Diário de Notícias escreve hoje que o Ministério Público de Castelo Branco já deu início a uma investigação à morte do bebé, e que o advogado da família informou que vai consultar o processo para determinar os próximos passos. Já a Unidade Local de Saúde (ULS) de Castelo Branco abriu um inquérito interno para apurar o que aconteceu, enquanto o INEM referiu que o Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) recebeu uma chamada do centro de saúde a pedir apoio para um bebé de 11 meses em paragem cardiorrespiratória, mas apesar dos esforços "o bebé não recuperou da situação de PCR". À TV Record, a mãe do bebé disse que recusaram o atendimento por estarem perto da hora de fecho. De acordo com a mãe, o menino era saudável, mas começou a ficar doente, não aparentando nada de grave, ou pelo menos, que fizesse prever o desfecho. A família recorreu ao centro de saúde de Idanha-a-Nova e foi encaminhada para a Urgência Pediátrica do Hospital Amato Lusitano, em Castelo Branco, onde foi prescrita medicação ao bebé, mas estado de saúde da criança piorou. Ao regressarem ao centro de saúde de Idanha-a-Nova, o atendimento terá sido recusado, tendo sido acionado o 112 para transportar o bebé de volta para o hospital em Castelo Branco, mas a criança acabou por morrer à porta do centro de saúde. O DN escreve que a ULS de Castelo Branco já confirmou esta sucessão de eventos, lamentou o desfecho e referiu, em comunicado, que "não foi possível evitar" a morte da criança após o seu regresso ao Serviço de Atendimento Complementar de Idanha-a-Nova com um "agravamento do seu estado clínico". O INEM confirmou que foi ativada uma Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER), uma ambulância dos Bombeiros Voluntários de Idanha-a-Nova e uma Unidade Móvel de Intervenção Psicológica de Emergência (UMIPE).
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