Secções
Entrar

Mestres da Soflusa iniciam greve de três dias

08 de julho de 2019 às 07:10

Trabalhadores da empresa que realiza a ligação fluvial entre Lisboa e Barreiro exigem o cumprimento do acordo de valorização salarial, estabelecido no fim de maio.

Os mestres da Soflusa, empresa responsável pelas ligações fluviais entreBarreiroeLisboa, iniciam hoje uma greve de três dias, exigindo o cumprimento do acordo de valorização salarial, estabelecido em 31 de maio.

Esta paralisação, que se estende até quarta-feira, e a greve ao trabalho extraordinário, em vigor desde sábado por tempo indeterminado, foram convocadas pelo Sindicato dos Transportes Fluviais, Costeiros e da Marinha Mercante (STFCMM), que afirma não se estar a registar uma "evolução significativa" nas negociações com aSoflusa.

Em causa está o aumento do prémio de chefia, em cerca de 60 euros, um acordo celebrado em 31 de maio com a administração, mas que os mestres dizem ter sido, entretanto, "suspenso".

Por outro lado, em 21 de junho, a Soflusa garantiu que estão a decorrer as negociações com os sindicatos e que irá dar "total cumprimento" ao acordo estabelecido com os profissionais.

Esta decisão de aumentar o prémio dos mestres levou a que sindicatos, de outras categorias profissionais na empresa, também avançassem com plenários e pré-avisos de greve, alegando que a subida causaria uma "desarmonia salarial".

Na sexta-feira à noite a empresa ativou um plano de contingência para assegurar o transporte dos passageiros da ligação fluvial, entre o Barreiro e Lisboa, de forma alternativa, explicando que a última ligação ocorreu às 23:30 devido à falta de mestre.

"Com o objetivo de minimizar o impacto da suspensão desta ligação fluvial, a partir das 23:30 (de sexta-feira), encontra-se ativo o plano de contingência para o início da madrugada de sábado", refere a empresa numa mensagem na sua página oficial.

O plano de contingência consiste na realização de carreiras extra entre o Cais de Sodré e o Seixal, às 00:15, 01:15 e 02:15, sendo depois efetuada a ligação entre o terminal do Seixal e o terminal do Barreiro através de táxi.

Em 17 de junho, na véspera de uma greve marcada pelo Sindicato da Mestrança e Marinhagem da Marinha Mercante, Energia e Fogueiros de Terra (SITEMAQ), foi anunciado que esta seria suspensa na sequência da subscrição de um protocolo negocial entre a administração da empresa e os sindicatos, com o STFCMM a ser o único que não assinou.

Já desde 18 de junho que os mestres estavam a recusar o trabalho extraordinário, mas, no sábado, entraram em greve, que se prolonga até 31 de dezembro, o que está a causar perturbação nas ligações fluviais porque, segundo a empresa, "a regularidade do serviço só pode ser assegurada com recurso à prestação de trabalho suplementar pelos mestres".

Para quinta-feira está marcada uma reunião entre a administração e o STFCMM.

Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
Artigos recomendados
As mais lidas
Exclusivo

Operação Influencer. Os segredos escondidos na pen 19

TextoCarlos Rodrigues Lima
FotosCarlos Rodrigues Lima
Portugal

Assim se fez (e desfez) o tribunal mais poderoso do País

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela
Portugal

O estranho caso da escuta, do bruxo Demba e do juiz vingativo

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela