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Marta Temido, a ministra que médicos e enfermeiros contestam

15 de outubro de 2019 às 20:35

Chegou ao Governo há precisamente um ano, com a saída de Adalberto Campos Fernandes, que foi substituído pelo chefe do Governo logo após a reunião de Conselho de Ministros em que foi aprovado o Orçamento do Estado para 2019. Foi um ano de contestação e greves.

Marta Temidocontinuará como ministra da Saúde nonovo Governo, depois de em outubro do ano passado ter substituído no cargo Adalberto Campos Fernandes, num ano em que a agitação no setor não diminuiu.

Marta Alexandra Fartura Braga Temido de Almeida Simões nasceu em Coimbra em 1974, é doutorada em Saúde Internacional pelo Instituto de Higiene e Medicina Tropical da Universidade Nova de Lisboa, detendo um mestrado em Gestão e Economia da Saúde, pela Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, e Licenciatura em Direito, pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra.

Especializada em Administração Hospitalar pela Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade Nova de Lisboa, Marta Temido foi subdiretora do Instituto de Higiene e Medicina Tropical e presidente não executiva do conselho de administração do Hospital da Cruz Vermelha Portuguesa.

Entre 2016 e 2017, foi ainda presidente do conselho diretivo da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS).

Marta Temido chegou ao Governo há precisamente um ano, com a saída deAdalberto Campos Fernandes, que foi substituído pelo chefe do Governo logo após a reunião de Conselho de Ministros em que foi aprovado o Orçamento do Estado para este ano.

O mandato de um ano de Marta Temido foi muito marcado por conflitos com representantes dos profissionais de saúde, nomeadamente médicos e enfermeiros.

Pouco tempo após ter tomado posse, começou a greve prolongada dos enfermeiros em blocos operatórios, o que leva o Governo a decretar uma requisição civil.

Em relação à Ordem dos Enfermeiros, as relações institucionais chegaram a estar cortadas e Marta Temido acabou mesmo por pedir uma sindicância à Ordem, desencadeada pela Inspeção-geral das Atividades em Saúde.

Também as estruturas que representam os médicos, seja a Ordem ou os sindicatos, não têm poupado críticas ao que consideram ser o desinvestimento no Serviço Nacional de Saúde e ainda à forma como a ministra encara os profissionais.

Além de duas greves cirúrgicas de enfermeiros, a ministra lidou ainda com uma greve nacional de médicos de dois dias.

O anterior mandato de Marta Temido foi ainda marcado pela aprovação de uma nova Lei de Bases da Saúde, depois de a ministra ter decidido rever o documento a enviar ao parlamento, refazendo a proposta do seu antecessor.

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