Secções
Entrar

Marques Mendes: "Nunca tive nenhum almoço com Gouveia e Melo" ou André Ventura

Luana Augusto 24 de setembro de 2025 às 21:17

Candidato a Belém admitiu, em entrevista à SIC Notícias, que daria posse a um governo Chega e criticou a falta de experiência de Gouveia e Melo.

Luís Marques Mendes mostrou-se esta quarta-feira preocupado com a questão da Educação, Saúde e Habitação. Em entrevista à SIC Notícias, o candidato às Presidenciais lamentou que haja mais vagas no Ensino Superior do que candidatos. 
COFINA MEDIA
"Neste momento temos um problema sério que pouco se está a debater em Portugal: o acesso ao Ensino Superior", começou por dizer. "Há mais vagas do que candidatos, ao contrário do que acontecia antigamente. Isto é muito mau. Com uma licenciatura os jovens têm mais condições para competir no mercado de trabalho." Questionado se se deveria limitar o acesso dos menores às redes sociais disse apenas que se trata de uma "matéria limitada". Enquanto isso, afirmou que a proibição dos telemóveis nas escolas até ao 12º ano é uma "matéria a considerar". Já sobre a imigraçao, defendeu que "se podermos incentivar a vinda de imigrantes melhor. [Haveria] grandes vantagens" e aproveitou para acusar o Chega de "usar os imigrantes para obter votos". Relativamente à situação que se vive na Faixa de Gaza alegou que se trata de um "massacre intolerável" e não de um "genocídio". Questionado sobre se haveria almoçado com algum dos candidatos às Presidenciais, garantiu que nunca o fez com o líder do Chega, André Ventura, nem com Gouveia e Melo. "Com André Ventura nunca na vida. [O almirante] Gouveia e Melo conheci nos tempos da vacinação. Mas não tive nenhum almoço", garantiu o candidato a Belém. Marques Mendes deixou ainda duras críticas a Gouveia e Melo, depois de o almirante ter admitido numa entrevista que poderia fazer cair o governo de Passos Coelho se fosse Presidente da República. Defende que caso assim fosse "abria-se uma crise política". "Cada vez que fala fico mais preocupado. Falta-lhe experiência para estas matérias", começou por dizer, ao considerar que "já tivemos dissoluções a mais" e que "o papel do Presidente é [garantir] a estabilidade e não a instabilidade". Por contraste, o social-democrata defendeu que merece o apoio dos portugueses "por duas razões: experiência e independência". Sobre a experiência explicou: "Tenho a experiência de conhecer o País e de fazer pontes entre partidos. Passei uma vida inteira a fazer entendimentos entre os partidos". Já sobre a independência reiterou: "[Passei] 12 anos a fazer comentários políticos [onde] ficou clara a minha independência". Além disso, admitiu que daria posse a um governo Chega. "Se o Chega ganhar as eleições darei posse a um governo Chega [e] indigitarei o líder do Chega primeiro-ministro." Já questionado se conta com o apoio do antigo Presidente da República, Cavaco SIlva, respondeu: "É uma decisão que só Cavaco Silva poderia tomar. Se tiver o apoio dele fico satisfeito, se não, fico confortável". Sobre Passos Coelho, disse apenas que tem uma "grande estima" pelo antigo primeiro-ministro porque exerceu funções "no período mais difícil da Democracia portuguesa". "Foi muito corajoso e responsável", defendeu.
Artigos Relacionados
Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
Artigos recomendados
As mais lidas
Exclusivo

Operação Influencer. Os segredos escondidos na pen 19

TextoCarlos Rodrigues Lima
FotosCarlos Rodrigues Lima
Portugal

Assim se fez (e desfez) o tribunal mais poderoso do País

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela
Portugal

O estranho caso da escuta, do bruxo Demba e do juiz vingativo

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela