Marcelo não renova estado de emergência, mas avisa que pode voltar atrás
O Presidente da República citou a melhoria da situação sanitária para não renovar o atual estado de emergência. E deixou vários apelos à prudência. "Todos contamos", disse.
O Presidente da República confirmou hoje ao início da noite que não renovará o estado de emergência, citando a melhoria notória e continuada da situação na frente sanitária. Marcelo Rebelo de Sousa repetiu que esta melhoria não dispensa a "preocupação preventiva de todos" e avisou que "não hesitará em avançar para novo estado de emergência", caso os números da pandemia se voltem a agravar.
"Foi um passo baseado na confiança", afirmou o Presidente sobre a sua decisão de não renovar o atual estado de emergência, quer termina a 30 de abril e é o 15º desde o início da pandemia. Na decisão "pesou a estabilização e até a descida do número médio de mortos", o número de internados e a redução da incidência da doença.
Marcelo – que ouviu hoje de manhã um diagnóstico positivo dos especialistas em saúde e um apelo dos partidos para não renovar o estado de emergência – apontou mais do que uma vez ao longo da sua curta intervenção para a necessidade de não baixar totalmente a guarda. "Não estamos, no entanto, numa época livre de covid, livre de vírus", afirmou. "Cada passo é baseado na confiança coletiva, temos de saber contar com cada um de nós", juntou.
Entre os especialistas ouvidos hoje de manhã pelos partidos e pelo Presidente houve quem dissesse que há uma possibilidade de em setembro já não haver casos de covid-19 em Portugal. Marcelo pareceu calibrar a mensagem para evitar o que, na sua perspectiva, será o risco de excesso de optimismo.
O boletim de hoje da Direção-Geral de Saúde deu conta de mais cinco mortos e 353 novos casos, mostrando que apesar do desconfinamento o número de internados continua a descer. Desde o início da pandemia em Portugal cerca de 835 mil pessoas foram infectadas com este coronavírus e 16.970 perderam a vida.
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