Secções
Entrar

Marcelo espera que execução de Junho acalme Conselho das Finanças

14 de julho de 2016 às 22:10

Presidente da República antevê boa execução orçamental em Junho e espera que tal contenha os receios de incumprimento do défice apresentados pela entidade liderada por Teodora Cardoso

O Presidente da República defendeu, esta quinta-feira, que os números da execução orçamental de Junho que serão conhecidos em breve "poderão talvez acalmar um pouco" o Conselho das Finanças Públicas. O CFP apresentou aquilo que considera serem os riscos para a execução orçamental identificados e que estão relacionados com as despesas com pessoal e a recapitalização da Caixa Geral de Depósitos (CGD). Do lado da receita foram também identificados riscos, nomeadamente no IVA cuja taxa foi reduzida para o sector da restauração, passando para os 13% a partir de Julho, com o CFP a evidenciar que "o impacto orçamental da redução da taxa do IVA na restauração no segundo semestre constitui factor de risco para a receita deste imposto".

 

Confrontado com estas preocupações, o chefe de Estado realçou "os números já disponíveis de Maio" e acrescentou que "brevemente se saberá também os de Junho", período que "já tem o pagamento do subsídio de férias", considerando que esses dados "poderão talvez acalmar um pouco o Conselho de Finanças".

 

Quanto à recapitalização da CGD, o Presidente da República disse que "está a ser estudada" com as instâncias europeias e argumentou que "não vale a pena antecipar se é um problema, porque ainda não se sabe qual é a posição europeia". "Portanto, só será um problema se for um problema", defendeu Marcelo Rebelo de Sousa, acrescentando: "Se a Europa entender que a recapitalização da Caixa não vai ao défice, não vai ao défice."

 

Interrogado sobre o que vai Portugal apresentar em Bruxelas com o objectivo de evitar sanções por défice excessivo, o Presidente da República começou por responder que essa é uma responsabilidade do Governo chefiado por António Costa. Depois, referiu que "o senhor primeiro-ministro já disse o que iria fazer" e que a posição da Comissão Europeia sobre as contas portuguesas é que "não há derrapagem orçamental", concluindo: "Provavelmente o que o Governo irá fazer é explicar o que está a ser feito para não haver o risco de derrapagem orçamental, tal como a Comissão tem admitido. Penso que andará por aí, mas o Governo é que decide".

 

Marcelo Rebelo de Sousa foi ainda questionado sobre as críticas feitas pelo Presidente francês, François Hollande, à contratação do ex-presidente da Comissão Europeia Durão Barroso para o banco de investimento Goldman Sachs, e ao apelo para que renuncie a esse lugar. "Imaginam que eu não vou comentar", declarou o Presidente da República aos jornalistas.

Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
Artigos recomendados
As mais lidas
Exclusivo

Operação Influencer. Os segredos escondidos na pen 19

TextoCarlos Rodrigues Lima
FotosCarlos Rodrigues Lima
Portugal

Assim se fez (e desfez) o tribunal mais poderoso do País

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela
Portugal

O estranho caso da escuta, do bruxo Demba e do juiz vingativo

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela