Marcelo diz ter falado sobre direitos humanos com al-Sissi
Presidente da Republica falava no Palácio de Belém, em Lisboa, no final de uma reunião com o Presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sissi, que começou hoje uma visita de Estado de dois dias a Portugal
O chefe de Estado português disse hoje ter falado abertamente com o Presidente egípcio sobre o desafio de alcançar equilíbrio financeiro e desenvolvimento económico e ao mesmo tempo assegurar justiça social e direitos humanos.
Marcelo Rebelo de Sousa falava no Palácio de Belém, em Lisboa, no final de uma reunião com o Presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sissi, que começou hoje uma visita de Estado de dois dias a Portugal.
"Queria sublinhar que, nas trocas de impressões que tivemos, tratámos abertamente da questão do desafio que se coloca hoje a todas as sociedades em termos de equilíbrio financeiro, de desenvolvimento económico, de justiça social e de direitos humanos", declarou o Presidente da República, considerando que "é um desafio difícil".
Com Abdel Fattah al-Sissi ao seu lado, Marcelo Rebelo de Sousa acrescentou que "Portugal acompanha atentamente os passos dados em termos de afirmação da vida parlamentar e do respeito da liberdade religiosa numa sociedade multicultural e multirreligiosa como é o Egito".
"Tal como acompanha um percurso no sentido da afirmação dos direitos humanos, neles englobando quer os direitos pessoais, quer os políticos, quer os sociais", completou.
A propósito da conciliação entre equilíbrio financeiro, desenvolvimento económico, justiça social e direitos humanos, o chefe de Estado português referiu que "Portugal teve já experiência no passado de acordos com o Fundo Monetário Internacional (FMI)".
"Sabemos bem o que isso significa. Sabemos o que significa promover o desenvolvimento económico e, ao mesmo tempo, a justiça social, e também enfrentar o desafio de um roteiro de caminho para a consagração crescente dos direitos humanos", afirmou.
Antes, o chefe de Estado português agradeceu ao Presidente egípcio "o apoio dado à candidatura do senhor engenheiro António Guterres na candidatura a secretário-geral das Nações Unidas".
"E agradeço-o pensando nas Nações Unidas, não em Portugal. Foi um apoio importante num momento importante do mundo e chave para aquela organização. Estamos gratos por esse apoio amigo e constante do Egito", declarou.
Marcelo Rebelo de Sousa considerou que o Egito tem "uma posição fundamental" em termos geoestratégicos: "Quer relativamente à bacia mediterrânica, em que temos preocupações comuns, como é o caso das migrações e dos refugiados, mas também no que respeita à preocupação de manter abertas portas para um processo de paz no Próximo e no Médio Oriente".
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