
Sudão: a catástrofe (quase) ignorada
A guerra civil, a fome e as doenças continuam a agravar-se no país onde grassa a maior crise humanitária do mundo. Não há paz à vista - e mais de 30 milhões a dependerem de ajuda externa para viver.
A guerra civil, a fome e as doenças continuam a agravar-se no país onde grassa a maior crise humanitária do mundo. Não há paz à vista - e mais de 30 milhões a dependerem de ajuda externa para viver.
Os vizinhos de Gaza e da Cisjordânia acolheram refugiados palestinianos depois da Nakba e da Guerra dos Seis Dias, mas agora rejeitam o plano de Donald Trump para a retirada de palestinianos dos territórios: temem que tal impeça a construção de um estado palestiniano.
"O cessar-fogo permitirá aliviar o sofrimento das populações envolvidas", lê-se numa publicação do Ministério dos Negócios Estrangeiros na rede social X.
Os Estados Unidos, o Egito e o Qatar passaram o último ano a tentar mediar o fim da guerra de 15 meses na Faixa de Gaza e a libertação de dezenas de reféns capturados no ataque do Hamas.
Reunião de duas horas e meia entre o secretário de Estado dos EUA e o primeiro-ministro israelita resultou num acordo de cessar-fogo. Falta a resposta do Hamas.
Declarações de Josep Borrell surgem depois dos Estados Unidos, Egito e Qatar terem exigido que Israel e o Hamas fechem definitivamente um acordo de cessar-fogo em Gaza, numa reunião marcada para 15 de agosto.
Medo de retaliações por parte dos governos impede estudantes do Egito e do Líbano a manifestarem-se publicamente, ao contrário do que acontece nas universidades americanas e francesas.
Líderes muçulmanos esperavam que houvesse um cessar-fogo em Gaza antes do Ramadão, mas acordos não chegaram a bom porto.
"O que está a acontecer agora é uma guerra que Israel lançou para destruir o Hamas. Portanto, mesmo que o Hamas decida atenuar a situação, os israelitas vão continuar a tentar atingir os seus objetivos", diz à Lusa Hage Ali.
Biden disse ter obtido do homólogo egípcio a garantia de deixar entrar 20 camiões de ajuda humanitária, o que é insuficiente.
A entrega de ajuda será supervisionada pela ONU, revelou o ministro dos Negócios Estrangeiros egípcio.
Secretário de estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, garante que "o Presidente reafirmará a solidariedade dos Estados Unidos para com Israel".
Comunicado final do evento assinala o acordo sobre a necessidade de "indemnizações por prejuízos causados pela política colonialista" e "a reestruturação do sistema financeiro global".
Na véspera da segunda cimeira 17 chefes de estado e governo tinham confirmado a participação, em comparação com os 45 que se deslocaram à Rússia há quatro anos. A análise de João Carlos Barradas.
Vinte portugueses que pretendiam deixar o Sudão já foram retirados no país, informou na quarta-feira, em comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros, que adiantou permanecerem no território dois cidadãos nacionais.
A maioria dos hospitais das zonas de combates "estão fora de serviço" e tem-se registado falta de médicos, material, medicamentos e equipamento cirúrgico.