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Marcelo admite interromper férias se vaga de incêndios piorar

07 de agosto de 2020 às 07:58

Presidente da República diz que este é um "período particularmente difícil" e que está a acompanhar a vaga de incêndios que assola o território continental.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, disse hoje que está a acompanhar a vaga de incêndios que assola o território continental e admitiu a possibilidade de interromper as férias no Porto Santo se a situação piorar.

"É um período particularmente difícil. Eu estou a acompanhar e sempre, como acontece nestas situações, embora eu deva partir daqui depois de amanhã [sábado], espero não ter de partir amanhã [sexta-feira]. Era bom sinal. Era sinal de que a noite permitiu um controlo nalgumas destas frentes", afirmou o chefe de Estado.

Marcelo Rebelo de Sousa falava aos jornalistas no centro da cidade Vila Baleira, onde se deslocou esta noite em passeio, com o propósito de comer uma "lambeca", um tipo de gelado muito popular no Porto Santo.

O Presidente da República vincou que esteve em contacto com o ministro da Administração Interna e com os presidentes de câmara de Sernancelhe, Alijó, Fundão e Sabugal.

"As condições, já se sabia, eram muito difíceis no dia de hoje e nos próximos dias", disse, realçando que a ocorrência de "vários focos" em "várias áreas muito distanciadas" dificulta a utilização de meios aéreos.

E reforçou: "Quando há um grande incêndio, ou dois no máximo, é fácil pegar nos meios aéreos que estão no Algarve e os que estão no norte e levá-los para o centro, se for necessário. Havendo o risco de fogos diversos, em vários lugares, não se pode desguarnecer aquilo que está preparado para intervenções a nível mais regional e local".

A Proteção Civil indicou que hoje foi dos dias "mais complicados" em termos de fogos, porque houve muitos e ao mesmo tempo, contabilizando até às 19:30 113 incêndios, que mobilizaram 4.600 operacionais.

A avaliação foi feita num balanço do dia em conferência de imprensa do segundo comandante nacional da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, André Fernandes.

No Porto Santo, Marcelo Rebelo de Sousa mostrou-se esperançado em que a situação evolua de forma positiva durante a noite e expressou a sua solidariedade com os autarcas dos concelhos afetados, bem como com os operacionais que estão a combater os incêndios.

"Estou solidário e acompanho o que eles estão a fazer", salientou, remetendo também a sua solidariedade para as populações situadas perto das frentes de fogo, que, embora não estejam previstas evacuações, "passam por susto".

O Presidente da República chegou hoje ao Porto Santo para um curto período de férias, estando o regresso a Lisboa marcado para sábado.

Trata-se de uma visita particular, sem agenda conhecida, mas, para além de "matar saudades", Marcelo Rebelo de Sousa disse que tem também como propósito promover a ilha enquanto destino turístico, numa altura em que o setor está a ser afetado pela crise pandémica.

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