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Manuel Pinho ouvido terça-feira de manhã no DCIAP e à tarde no parlamento

16 de julho de 2018 às 17:15

O ex-ministro da Economia Manuel Pinho vai ser interrogado no Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP).

O ex-ministro da Economia Manuel Pinho vai ser interrogado na terça-feira, às 10:00, no Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), em Lisboa, no mesmo dia em que vai ser ouvido na comissão de Economia, no parlamento.

O advogado Ricardo Sá Fernandes adiantou à agência Lusa que a audição de Manuel Pinho na comissão parlamentar de Economia, Inovação e Obras Públicas já estava agendada há algum tempo e que o Ministério Público decidiu marcar este interrogatório "de supetão".

Assim, o ex-ministro da Economia de José Sócrates estará na terça-feira de manhã, às 10:00, no DCIAP e às 15:00 no parlamento.

De acordo com o advogado, a chegada de Manuel Pinho a Lisboa está prevista para hoje, devendo Sá Fernandes encontrar-se com o seu cliente até ao final do dia.

Em 29 de Junho, o deputado Hélder Amaral, que preside à comissão parlamentar de Economia, Inovação e Obras Públicas, revelou que a data da audição de Manuel Pinho nesta comissão foi combinada entre as partes e na sequência de um requerimento do PSD, votado favoravelmente em 02 de maio.

Com a abstenção do Bloco de Esquerda (BE), o documento dos sociais-democratas foi aprovado para que o antigo governante possa "esclarecer cabalmente" decisões tomadas enquanto esteve no governo, nomeadamente no sector energético, e o alegado relacionamento com o Grupo Espírito Santo (GES), segundo "suspeitas que têm vindo a público".

Em maio, em comunicado, o advogado de Manuel Pinho, Ricardo Sá Fernandes, revelou que o ex-ministro, que deixou de ser arguido no caso EDP, estaria disposto a prestar "todos os esclarecimentos" aos deputados, mas só depois de ser interrogado pelo Ministério Público.

Em 19 de Abril, o jornal 'online' Observador noticiou as suspeitas de Manuel Pinho ter recebido, de uma empresa do GES, entre 2006 e 2012, cerca de um milhão de euros.

Os pagamentos, de acordo com o jornal, terão sido realizados a "uma nova sociedade 'offshore' descoberta a Manuel Pinho, chamada Tartaruga Foundation, com sede no Panamá, por parte da Espírito Santo (ES) Enterprises --- também ela uma empresa 'offshore' sediada no paraíso fiscal das Ilhas Virgens Britânicas e que costuma ser designada como o 'saco azul' do Grupo Espírito Santo".

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