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Mais de metade dos comboios da CP a circular apesar da greve

02 de abril de 2018 às 10:18

No caso da Fertagus, a paralisação obrigou a suprimir 19 dos 34 comboios até às 09h00.

Uma centena de comboios foram suprimidos a nível nacional segundo a CP, que até às 08h00 cumpriu mais de metade (62%) da circulação prevista, num dia em que os trabalhadores da Infra-estruturas de Portugal (IP) estão em greve.

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Foto: Bruno Colaço/Correio da Manhã
Foto: Bruno Colaço/Correio da Manhã
Foto: António Pedro Santos/Lusa

Num ponto de situação até às 08h00, Ana Portela, da CP - Comboios de Portugal, disse que dos 266 comboios previstos no total foram realizados 166, sendo que as linhas com melhor desempenho foram as dos Urbanos de Lisboa (91% circularam) e do Porto (80%).

As linhas mais afectadas foram as de longo curso, com apenas um Alfa Pendular a circular dos seis que estavam programados, e o Regional.

Segundo Ana Portela, dos oito comboios intercidades apenas dois se realizaram, dos nove Inter-regionais apenas três circularam e dos 63 regionais realizaram-se 13.

Ana Portela acrescentou ainda que os comboios urbanos de Coimbra não se estão a fazer e no serviço internacional, o Sud Expresso está a circular.

No caso da Fertagus, a paralisação obrigou a suprimir 19 dos 34 comboios suburbanos previstos realizar até às 09h00. Segundo a empresa, pelas 09:30 a circulação já estava a fazer-se dentro da normalidade.

A Fertagus, que é responsável por 70 mil deslocações diárias, serve actualmente 14 estações, 10 das quais na margem Sul (Setúbal, Palmela, Venda do Alcaide, Pinhal Novo, Penalva, Coina, Fogueteiro, Foros de Amora, Corroios e Pragal) e quatro na margem Norte (Campolide, Sete Rios, Entrecampos e Roma-Areeiro).

Os trabalhadores da IP cumprem esta segunda-feira um dia de greve. A empresa queria serviços mínimos correspondentes a 25% do número de composições habituais de transporte de passageiros, mas o tribunal arbitral entendeu não decretar este serviço face à curta duração da greve e por haver transportes alternativos.

Entretanto, a Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (Fectrans) considerou que o Governo e a administração da Infra-estruturas de Portugal (IP) "fugiram" a um acordo, no sábado, aquando da reunião que decorreu no Ministério do Planeamento e das Infra-estruturas, com os representantes do Governo, da IP e sindicatos.

Segundo a Fectrans, após várias propostas e contrapropostas de aumentos, ficou acordada uma valorização salarial de "20 euros durante 11 meses e 25 euros no último mês, sendo este valor a integrar a tabela salarial em Janeiro próximo, mas pago durante 14 meses".

Porém, "ao passar ao papel a discussão que estava efectuada, fomos confrontados com uma proposta de redacção pouco clara, nomeadamente, não se assumia sem sombra de dúvidas o valor de 25 euros a transitar para a tabela, não se assegurava a garantia de aplicação do futuro Acordo Colectivo de Trabalho (ACT) aos trabalhadores com vínculos à função pública, por fim, para compensar os trabalhadores da diferença, propuseram que estes passassem a ter mais uma dispensa, mas com perda e renumeração, o que neste ponto se tornou inaceitável", garantiu a Fectrans. 

A IP é a empresa pública que resultou da fusão entre a Rede Ferroviária Nacional - REFER e a EP - Estradas de Portugal.

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