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Legionella: Empresas querem desmantelar torres de arrefecimento e controlo diário

10 de novembro de 2017 às 19:29

Surto de legionella detectado no hospital S. Francisco Xavier matou quatro pessoas.


Empresas dos sectores térmico e do ambiente defenderam hoje o desmantelamento de todas as torres de arrefecimento que possam ser substituídas por outros equipamentos e a monitorização diária obrigatória das que fiquem em funcionamento.

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Legionella: Ministérios escondem culpados
Foto: Sábado
Foto: KATERYNA KON/SCIENCE PHOTO LIBRARY

A Associação Portuguesa das Empresas dos Sectores Térmico, Energético, Electrónico e do Ambiente (APIRAC) propôs o "desmantelamento de todas as torres de arrefecimento passíveis de serem substituídas por equipamentos de arrefecimento a ar".

Outra solução indicada refere a obrigatoriedade da "monitorização diária permanente com registo histórico das torres de arrefecimento que se mantenham em funcionamento", uma forma de facilitar a fiscalização e "evitar o desleixo" entre auditorias, refere um comunicado da associação.

A propósito do surto de 'legionella' detectado no hospital S. Francisco Xavier, em Lisboa, e que já provocou quatro mortos, infectando 44 pessoas, estas empresas alertaram para a perda de qualidade do ar interior com o "esvaziamento sistemático" do Sistema de Certificação Energética e da Qualidade do Ar Interior em Edifícios.

"Tal como já tinha alertado no surto de Vila Franca de Xira em 2014, e antes disso em 2013, a APIRAC reafirma que o fim das auditorias obrigatórias em 2013 foi um retrocesso e criou um vazio", recorda.

Para estes responsáveis empresariais, mesmo que as regras passem a ser mais abrangentes, "será necessária uma fiscalização efectiva a nível nacional".

E questionam se, "depois de mais perdas de vidas", alguém fica satisfeito "apenas" por já poder "punir o prevaricador (...) e quem é o prevaricador?!"

Entre as soluções que a APIRAC avança consta também a reposição na totalidade das auditorias da qualidade do ar interior, "porque a 'legionella' não é o único (nem sequer será o mais letal) poluente do ar interior que deve ser sujeito a rastreio".

A reposição do Certificado Energético e da Qualidade do Ar Interior, supervisionado pela Agência para a Energia - ADENE, é igualmente apontada como relevante, o que é justificado pela "inegável interligação" dos problemas de qualidade do ar interior com os sistemas energéticos dos edifícios.

Actualmente, no total há 44 casos confirmados de doença do legionário, quatro dos quais resultaram em mortes, num surto que foi conhecido publicamente no sábado.

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