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Hospital Amadora-Sintra garante qualidade de cuidados apesar de falta de anestesistas

16 de maio de 2019 às 13:02

No Amadora-Sintra, o Serviço de Anestesiologia é composto por 25 especialistas, cuja média de idades é de 48 anos, sendo que apenas 15 realizam serviço de urgência.

A administração do Hospital Fernando Fonseca (Amadora-Sintra) garantiu hoje que a qualidade dos cuidados de saúde prestados tem "sido sempre e impreterivelmente assegurados",apesar da falta de anestesiologistas.

O esclarecimento do Hospital Fernando Fonseca (HFF) surge após ter recebido os avisos prévios da greve no serviço de anestesiologia, entre as 08:00 de segunda-feira e as 20:00 de sexta-feira, pelo Sindicato Independente dos Médicos (SIM) e pelo Sindicato dos Médicos da Zona Sul.

O HFF adianta que "a Anestesiologia é uma especialidade médica particularmente carenciada em recursos humanos a nível nacional" e que o Amadora-Sintra "não é exceção, tendo sofrido nos últimos anos um decréscimo nos elementos do serviço por aposentação ou por saída para outros hospitais com modalidades de pagamento mais atrativas, nomeadamente privados e PPP [parcerias público-privadas]".

No Amadora-Sintra, o Serviço de Anestesiologia é composto por 25 especialistas, cuja média de idades é de 48 anos, sendo que apenas 15 realizam serviço de urgência, estando dois limitados ao período das 08:00 às 20:00, sublinha num comunicado enviado à agência Lusa.

Segundo os sindicatos, a greve visa exigir que a equipa de urgência tenha quatro elementos, todos especialistas, para garantir a segurança clínica no bloco operatório, bloco de partos, unidade de cuidados pós-anestésicos, reanimação intra-hospitalar e atividades fora do bloco operatório (como salas de TAC ou laboratório de hemodinâmica).

Os médicos exigem a contratação de mais especialistas, para cumprir as recomendações da Ordem dos Médicos e que a elaboração das escalas de urgência não contemple médicos a frequentar o internato equiparados a especialistas.

O Amadora-Sintra sublinha que "a constituição das equipas de urgência de Anestesiologia e a participação de internos do 5.º ano de formação específica em Anestesiologia cumprem o definido pelo Colégio de Especialidade da Ordem dos Médicos".

Destaca ainda "o contínuo apoio de outras equipas médicas do HFF, nomeadamente na emergência intra-hospitalar, para que não ocorra sobreposição de funções".

Segundo o HFF, nos períodos noturnos, em que ocasionalmente a equipa de anestesiologia não é constituída pelo número mínimo de elementos preconizado, é ativada a contingência em articulação com a Administração Regional de Saúde e Vale do Tejo, com desvio do Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU).

"Contudo, o superior interesse dos utentes, nomeadamente no que concerne à qualidade e à segurança dos cuidados de saúde prestados, têm sido sempre e impreterivelmente assegurados", vinca no comunicado.

O HFF assegura que "tem tomado todas as medidas ao seu alcance" para contratar médicos Anestesiologistas, como pedidos de vagas para anestesiologistas nos concursos de recém-especialistas, contratação direta de uma recém-especialista formada no Amadora-Sintra e consulta ao mercado e contratação destes especialistas em regime de prestação de serviços para serviços de urgência com pagamento-hora diferenciado.

Salienta ainda que "o diálogo com os médicos do serviço e com instituições como a Ordem dos Médicos, o Colégio da Especialidade de Anestesiologia da Ordem dos Médicos e os sindicatos médicos é constante por parte da Direção Clínica e de todo o Conselho de Administração do HFF".

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