Secções
Entrar

GNR diz que não havia suspeitas de que as chamas chegassem à EN 236

09 de agosto de 2017 às 19:54

A GNR afirmou que não havia "qualquer percepção de perigo" de as chamas chegarem à estrada onde morreu a maioria das vítimas o incêndio de Pedrógão Grande

A GNR afirmou hoje que não havia "qualquer percepção de perigo" de as chamas chegarem à estrada nacional 236-1 (EN 236-1), onde morreu a maioria das vítimas o incêndio de Pedrógão Grande.

Em resposta a uma pergunta do Ministério da Administração Interna (MAI), a GNR sublinha que também por não haver essa percepção de perigo "não teve lugar qualquer decisão operacional ou informação de risco que determinasse o corte dessa estrada por forças da guarda, a partir de Castanheira de Pera".

A GNR refere ainda que não foi confirmado que militares da Guarda tivessem encaminhado pessoas, a partir do nó do IC 8, para a EN 236-1, contrariando a afirmação de uma sobrevivente que passou naquela estrada, no sentido Figueiró dos Vinhos-Castanheira de Pera.

Na resposta enviada, aquela força de segurança explica que "os sucessivos focos de incêndio foram progredindo no sentido este-oeste, designadamente ao longo do IC 8", sendo que, a dada altura, "o incêndio propagou-se para sul", atingindo o concelho de Figueiró dos Vinhos.

"Depois, progrediu rápida e desordenadamente para norte, no sentido de Castanheira de Pera, tendo passado pelo nó do IC8 com a EN 236-1", refere a GNR, sublinhando que, até à chegada das chamas à nacional 236-1, não se perspectivava qualquer perigo para "quem se encontrasse em Castanheira de Pera e se deslocasse em viatura no sentido de Figueiró dos Vinhos".

A resposta da GNR, publicada no Portal do Governo, surge na sequência de um despacho do MAI que dá a conhecer os diversos relatórios e estudos produzidos sobre o incêndio que deflagrou em Junho, em Pedrógão Grande, distrito de Leiria.

Para além das respostas dadas pela Protecção Civil, GNR e Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), a 19 de Junho, a ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa solicitou a diferentes entidades diversos pareceres, estudos, relatórios e inquéritos que pudessem acrescentar informação sobre as circunstâncias e causas das ocorrências.

O incêndio que deflagrou em Pedrógão Grande no dia 17 de Junho, no distrito de Leiria, provocou, pelo menos, 64 mortos e mais de 200 feridos e só foi dado como extinto uma semana depois.

Mais de dois mil operacionais estiveram envolvidos no combate às chamas, que consumiram 53 mil hectares de floresta, o equivalente a cerca de 75 mil campos de futebol.

O fogo chegou ainda aos distritos de Castelo Branco, através da Sertã, e de Coimbra, pela Pampilhosa da Serra e Penela.

Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
Artigos recomendados
As mais lidas
Exclusivo

Operação Influencer. Os segredos escondidos na pen 19

TextoCarlos Rodrigues Lima
FotosCarlos Rodrigues Lima
Portugal

Assim se fez (e desfez) o tribunal mais poderoso do País

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela
Portugal

O estranho caso da escuta, do bruxo Demba e do juiz vingativo

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela