Gasolineira que pagou €194 mil à Spinumviva processa Miguel Prata Roque

"A publicação do Sr. Dr. Miguel Prata Roque apresenta um rol de mentiras precipitadas ou deliberadas, mas desprovidas de qualquer base factual e afastadas do respeito pela verdade, pelo que a signatária anuncia publicamente que irá agir judicialmente contra o autor da publicação", lê-se no comunicado.

No sábado, o Observador avançou que gasolineira do pai do candidato do PSD a Braga pagou mais de €194 mil à Spinumviva, empresa da família de Luís Montenegro. No mesmo dia, a notícia obteve uma reação por parte de Miguel Prata Roque, que através das redes sociais insinuou que este pagamento terá surgido como uma troca de favores.

"Porque é que o pai de João Rodrigues, candidato do PSD à Câmara de Braga, pagou €194 mil à empresa de Luís Montenegro, quando, afinal, o trabalho foi feito pela sua nora, Inês (Patrícia) Varajão Borges?", começou por questionar através de uma publicação no Instagram.

E sugeriu: "Das duas uma: ou pagou antes de ela trabalhar para Montenegro, em 2022, e então fê-lo em troca de emprego futuro para a nora, ou pagou depois e então fê-lo apenas para que Luís Montenegro ganhasse uma margem de lucro escandalosa."

Os comentários viriam, contudo, a ser desmentidos, esta segunda-feira, pela gasolineira, que garantiu que Inês Patrícia Varajão Borges nunca trabalhou para a gasolieira. Acrescentando, que "não eram os serviços Proteção de Dados que necessitavam [a Joaquim Barros Rodrigues & Filhos] da empresa Spinumviva, nem a Dra. Inês Varajão Borges teve qualquer intervenção nesse dossier".

Sobre a relação com o primeiro-ministro, a empresa esclareceu: "A relação profissional da Joaquim Barros Rodrigues & Filhos com o Dr. Luís Montenegro tem mais de 15 anos, quer do ponto de vista pessoal, quer do ponto de vista profissional. Essa relação é muito anterior ao exercício dos cargos de primeiro-ministro e de líder do Partido Social Democrata".

A Joaquim Barros Rodrigues & Filhos considerou a situação como "uma infâmia que não pode nem vai ficar impune". Desafiou, por isso, também "o Sr. Dr. Miguel Prata Roque a demonstrar com que escritórios de advogados ou consultoras trabalhou, quem são os seus clientes, quem foram e quais os pareceres que efetuou, antes e durante a sua atividade política e depois".

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