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Estudante que planeava ataque a Universidade de Lisboa transferido para o Hospital prisão de Caxias

SÁBADO 11 de fevereiro de 2022 às 21:59

João R. terá entrado no Estabelecimento Prisional de Lisboa muito perturbado e nervoso. Mãe do jovem de 18 anos revelou em tribunal que este tem síndrome de Asperger e que é acompanhado há vários anos.

João, o jovem que planeava um ataque à Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, foi esta sexta-feira transferido para o Hospital prisão de Caxias após o tribunal decidir que ficaria em prisão preventiva. O Correio da Manhã avança que o jovem entrou no Estabelecimento Prisional de Lisboa muito perturbado e nervoso, com os serviços prisionais a reencaminharem o jovem para o estabelecimento de Caxias para apoio psiquiátrico.

No tribunal, a mãe terá revelado que o estudante de 18 anos tem síndrome de Asperger e que é acompanhado há vários anos. Segundo o Expresso, a Polícia Judiciária acredita que a doença não o impedia de distinguir o bem do mal, nem lhe afetava a capacidade de optar ou não pela prática de condutas ilícitas.

Durante a detenção do jovem, que planeava um ataque na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa para as 13h20 desta sexta-feira, em plena segunda fase de exames universitários, foi encontrado um arsenal na sua casa localizada na freguesia dos Olivais. Entre o material apreendido estavam duas bestas e 26 setas de vários géneros, vários tipos de facas, dois punhais, seis isqueiros de gás, dois maçaricos, quatro latas de combustível e quatro latas de gás e uma garrafa de água com um combustível não identificado.

O aluno pretendia perpetrar um massacre na universidade onde estuda e matar o máximo de pessoas possível, esta sexta-feira, dia de realização de vários exames. 

Estabelecimento prisional de Caxias, Oeiras Pedro Catarino

A investigação nacional partiu de uma pista dada pelo FBI. A denúncia das autoridades norte-americanas surgiu há uma semana, quando estas informaram Portugal de um utilizador com um determinado nickname que fez vários acessos a uma plataforma que estava a ser monitorizada. Esse utilizador, que veio a ser identificado como João, revelava intenções de levar a cabo um atentado em massa numa universidade, ao estilo do que tem acontecido nos Estados Unidos ao longo dos últimos anos.

Através do nickname coube aos inspetores da Unidade Nacional Contra Terrorismo chegar ao suspeito em questão. Quando o encontraram, após alguma monitorização, decidiram partir para a detenção e busca domiciliária.

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