Contra o aumento do custo de vida e pela habitação. Afinal o que quer o Vida Justa?
A marcha que começou no bairro da Cova da Moura, Amadora, foi promovida pelo movimento cívico Vida Justa e contou com centenas de pessoas.
"As pessoas são vítimas de uma sociedade que acha normal pagar mal a quem trabalha", estas foram as palavras ouvidas quando a manifestação da Vida Justa chegou à frente da Assembleia da Républica.
Omanifestodo movimento Vida Justa, que se encontra em processo de recolha de assinaturas pretende chegar a discussão no Parlamento mas enquanto tal não acontece foi lido em português e em crioulo cabo-verdiano para as centenas de pessoas que se encontravam no exterior.
O mesmo manifesto refere que durante a pandemia "trabalhadoras da limpeza continuaram a trabalhar, os transportes a manter o país a funcionar, os operários da construção civil a ir para as obras, os trabalhadores dos supermercados continuaram a sacrificar-se por toda a gente". No entanto são agora estas mesmas pessoas que mais sofrem com o aumento no custo de vida.
O movimento cívico pede também ao Governo, "que está mais preocupado em pagar a dívida pública", que tome medidas para "ajudar a maioria das pessoas que resistem a esta crise".
Sugerem que "para inverter esta situação, as pessoas têm de ter o poder de exigir um caminho mais justo que distribua igualmente os custos desta crise". Alertando que "não pode ser sempre o povo a pagar tudo, enquanto os mais ricos conseguem ainda ficar mais ricos".
Para o movimento Vida Justa as questões mais urgentes são o aumento do custo de vida e a habitação, assim sugerem medidas como: "os preços da energia e dos produtos alimentares essências" que devem ser tabelados, "os juros dos empréstimos das casas congelados, impedir as rendas especulativas das casas, os despejos proibidos; deve haver um aumento geral dos salários acima da inflação; medidas para apoiar os comércios, pequenas empresas e os postos de trabalho locais e valorizar económica e socialmente os trabalhos mais invisíveis como o de quem trabalha na limpeza"
A marcha que começou no bairro da Cova da Moura, Amadora, foi promovida pelo movimento cívico Vida Justa e contou com centenas de pessoas.
Este movimento conta principalmente com pessoas vinda de bairros da periferia e migrantes mas também por pessoas pertencentes a diversos movimentos sociais, professores, que também se encontram a manifestar hoje, juristas, investigadores e políticos.
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