Secções
Entrar

CCP defende início do desconfinamento a partir de 17 de março

Jornal de Negócios 03 de março de 2021 às 15:02

A Confederação do Comércio e Serviços diz estar disponível para participar na elaboração de um plano "global e faseado" de desconfinamento, que deveria começar a 17 de março e terminar em abril, na visão da CCP.

A Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) defende que o plano de desconfinamento da economia deve começar a produzir efeitos a partir de 17 de março, um dia depois de terminar o atual estado de emergência em vigor. 

lojas, estabelecimentos, comércio

Numa nota enviada esta quarta-feira à imprensa, a organização liderada por João Vieira Lopes considera "evidente que o dia 17 de Março de 2021 terá que ser o princípio de uma nova fase de reaberturas ou reforço das condições de funcionamento de atividades que permaneceram abertas". 

A CCP considera "fundamental" que na segunda quinzena de março "comecem gradualmente a ser levantadas as atuais suspensões ou condicionantes de atividades, e que durante o mês de abril se conclua o processo de desconfinamento". 

A organização destaca que "a maioria dos países europeus já apresentaram os seus planos" de desconfinamento, que estão "sujeitos naturalmente a ajustes em função da evolução da pandemia", e apela ao Governo de António Costa que apresente "rapidamente" a sua proposta. 

A Confederação mostra-se "disponível para colaborar" com o Executivo na elaboração de um "plano global, faseado, de reabertura". Só desta forma, sublinha a mesma nota, "se permite às empresas ter uma perspetiva sobre a retoma das atividades, nomeadamente para efeitos dos seus custos de estrutura, compromissos financeiros, reposição de stocks, produtos sazonais, etc". 

A CCP lembra que quando terminar o atual período do estado de emergência, a 16 de março, "um número significativo de empresas terá já os seus estabelecimentos encerrados há mais de dois meses, não esquecendo a inconstância que caracterizou o ano de 2020". E destaca que "apesar de vários apoios com efeitos positivos, o impacto destas paragens só muito parcialmente é compensado".

A organização ressalva ainda que "não se perspetivam apoios significativos para o período pós confinamento", apontado como exemplo a falta de menção aos setores do comércio e serviços no Plano de Recuperação e Resiliência, pelo que "é urgente começar a desconfinar sob pena do encerramento de milhares de empresas com consequências inevitáveis ao nível do desemprego".

Na semana passada, após a renovação do estado de emergência, o primeiro-ministro, António Costa,remeteu para o próximo dia 11 de marçoa apresentação do plano de desconfinamento. António Costa não se comprometeu com datas para o arranque da abertura das atividades, tendo antecipado apenas um plano "gradual", que irá abranger "progressivamente sucessivas atividades". O plano será "diferenciado em função dos setores de atividade" e "porventura, em função de localizações", revelou o primeiro-ministro.

Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
Artigos recomendados
As mais lidas
Exclusivo

Operação Influencer. Os segredos escondidos na pen 19

TextoCarlos Rodrigues Lima
FotosCarlos Rodrigues Lima
Portugal

Assim se fez (e desfez) o tribunal mais poderoso do País

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela
Portugal

O estranho caso da escuta, do bruxo Demba e do juiz vingativo

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela