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Caso do bebé que morreu no Amadora-Sintra seguiu "todos os procedimentos adequados"

07 de agosto de 2019 às 12:38

Ministério da Saúde afirma que "tem estado a acompanhar a situação" e "lamenta profundamente o falecimento do bebé". Mãe tinha sido transferida de Faro para o Amadora-Sintra por falta de incubadoras.

OMinistério da Saúdeconsidera que "foram seguidos todos os procedimentos de cuidados de saúde adequados" no caso do bebé que morreu noAmadora-Sintradepois de a mãe ter sido transferida deFaro.

"O Ministério da Saúde tem estado a acompanhar a situação e teve conhecimento, junto dos hospitais, de que foram seguidos todos os procedimentos de cuidados de saúde adequados. O Ministério da Saúde lamenta profundamente o falecimento do bebé", indicou o Ministério numa resposta enviada à agência Lusa.

O Ministério não indica se será ou não aberto um inquérito ou investigação a esta situação. A agência Lusa enviou àInspeção-geral das Atividades em Saúdeuma questão sobre o assunto, mas ainda não obteve resposta.

O jornalCorreio da Manhãnoticiou hoje a morte de um bebé de uma mulher grávida, com 32 semanas de gestação, e que teve de ser transferida de Faro para o Amadora-Sintra, emLisboa, por insuficiência de recursos no Algarve, nomeadamente falta de incubadoras, segundo o jornal.

A mulher grávida apresentava um quadro de pré-eclâmpsia, que se traduz em hipertensão na gravidez, e de descolamento da placenta.

Sem querer referir-se ao caso em concreto, o presidente da secção regional Sul da Ordem dos Médicos lamenta que não tenham sido tomadas medidas para assegurar um funcionamento adequado das maternidades durante o período do verão.

Em declarações à Lusa, Alexandre Valentim Lourenço indica que as maternidades da região de Lisboa e do sul do país estão todas a funcionar a meio gás e as grávidas andam a "saltar de hospital em hospital".

O médico obstetra lembrou que faltam profissionais no período do verão em todas as maternidades e serviços de obstetrícia do sul do país.

O representante da Ordem dos Médicos no sul do país indica que a maioria dos obstetras já entregou pedidos de escusa de responsabilidade, o que fará com que as responsabilidades por eventuais acidentes por falta de meios recaiam sobre os responsáveis hospitalares ou mesmo sobre o Ministério da Saúde.

Segundo Alexandre Valentim Lourenço, terão de ser os diretores hospitalares e dirigentes do Ministério da Saúde a ser responsabilizados por falhas de organização nas maternidades.

A agência Lusa contactou também o Hospital Amadora-Sintra para tentar obter mais esclarecimentos sobre o bebé que acabou por morrer, mas ainda não obteve resposta.

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