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Cartaz do PSD retirado por afectar trânsito

02 de junho de 2017 às 20:51

A Câmara de Lisboa justificou a retirada, hoje de manhã, de uma estrutura metálica que iria acolher um cartaz eleitoral do PSD

A Câmara de Lisboa justificou a retirada, hoje de manhã, de uma estrutura metálica que iria acolher um cartaz eleitoral do PSD na praça Marquês de Pombal com as implicações que poderia ter no trânsito.

"Tendo sido detectada uma estrutura metálica de cerca de 20 metros, colocada entre a rotunda interior e a rotunda exterior do Marquês de Pombal, e perante a inexistência de pedido de autorização para colocação da mesma, foi determinado a sua retirada, por se entender que essa localização afectava a circulação rodoviária", indica a autarquia (de maioria PS) em resposta escrita enviada à agência Lusa.

O município acrescenta que só posteriormente foi "identificado que a estrutura estava identificada com a sigla PSD".

"Estranha-se que a estrutura seja de um partido político uma vez que todos os partidos tinham consensualizado, há vários anos, não colocar aí qualquer estrutura deoutdoor, [...] nomeadamente por causa de motivos relacionados com a segurança rodoviária e questões relacionadas com o conjunto patrimonial e ambiental existente", assinala a Câmara de Lisboa, aludindo à lei da afixação e inscrição de mensagens de publicidade e propaganda.

A direcção de campanha da candidata social-democrata à presidência da Câmara de Lisboa questionou hoje a maioria socialista no município sobre a retirada desta estrutura.

No pedido de informação enviado ao vice-presidente da autarquia e responsável pelo pelouro das Estruturas de Proximidade, Duarte Cordeiro (PS), a direcção da campanha de Teresa Leal Coelho perguntou qual "o fundamento legal para este procedimento".

Fonte da campanha disse à Lusa que em causa estava uma "estrutura grande, com 20 metros de largura e três metros de altura", da qual constava a indicação de que ali iria ser colocado "um cartaz que pertencia à campanha eleitoral do PSD".

Evocando o artigo 45 da lei que regula a eleição dos titulares dos órgãos das autarquias locais, a fonte recordou que "a afixação de cartazes não carece de autorização nem de comunicação às autoridades administrativas", como as câmaras municipais.

De acordo com o mesmo artigo, não é admitida, contudo, "a afixação de cartazes nem a realização de inscrições ou pinturas murais em centros históricos legalmente reconhecidos, em monumentos nacionais, em templos e edifícios religiosos, em edifícios sede de órgãos do Estado, das Regiões Autónomas e das autarquias locais, em edifícios públicos ou onde vão funcionar assembleias de voto, nos sinais de trânsito ou nas placas de sinalização rodoviária ou ferroviária e no interior de repartições e de edifícios públicos".

Frisando que nenhuma destas excepções se enquadra neste caso, a fonte da candidatura apontou que a direcção de campanha "foi surpreendida com a informação de que os serviços da Câmara estavam a retirar a estrutura onde iria ser posto o cartaz".

"Pedimos esclarecimentos e estamos a aguardar", adiantou.

Nas próximas eleições autárquicas, marcadas para 01 de Outubro, concorrem também à presidência da Câmara de Lisboa Assunção Cristas (líder do CDS-PP), João Ferreira (CDU) e Ricardo Robles (BE).

Pelo PS, o candidato deverá ser o actual presidente do município, Fernando Medina, que ainda não o assumiu.

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