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Carlos Moedas pede ao Governo reforço imediato de 100 polícias municipais

Lusa 19 de dezembro de 2025 às 12:52

Presidente da Câmara de Lisboa diz que atualmente a Polícia Municipal de Lisboa conta com um "total de 390 elementos policiais disponíveis, um número que irá decrescer nos próximos meses e anos".

O presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, apelou novamente ao Governo para "um reforço imediato" e com "caráter de agência" de 100 polícias municipais, lembrando a perda de operacionais nos últimos anos.
Sérgio Lemos
Numa nova carta enviada à ministra da Administração Interna, Maria Lúcia Amaral, datada de 15 de dezembro e a que a Lusa teve esta sexta-feira acesso, Carlos Moedas dá conta de que atualmente a Polícia Municipal de Lisboa (PML) conta com um "total de 390 elementos policiais disponíveis", um número que irá decrescer nos próximos meses e anos "devido ao ritmo de aposentações dos agentes ao serviço ou ao fim do termo de serviço". Segundo o autarca, em 2018 a PML tinha 582 elementos policiais e a quebra em "33% do número de efetivos é em tudo desproporcional com as dificuldades de recrutamento ao nível da PSP". Carlos Moedas sublinha que, no mesmo período, o número de elementos do Comando Metropolitano de Lisboa (Cometlis) da PSP conheceu apenas "uma redução de apenas 4%". Por ser uma questão já levantada em diversas ocasiões, o social-democrata apela novamente à ministra para um "reforço imediato e com caráter de urgência, a abertura de procedimento com vista ao provimento de 100 elementos (quatro oficias e 96 agentes, preferencialmente com idade mínima de 35 anos) para o mapa de efetivos com funções policiais da PML". De acordo com a lei, acrescenta, a PML requer "um total de 700 elementos", número que está longe do atualmente em funções. Já em junho passado, aquando da entrada em funções do novo Governo, Carlos Moedas endereçou uma carta a Maria Lúcia Amaral solicitando uma reunião para discutir medidas que proporcionem um policiamento humanista e o reforço dos recursos de segurança em Lisboa. Na altura, o autarca aludia à "situação de insegurança e violência vividos nos tempos mais recentes na cidade", para o pedido urgente da reunião, de forma a serem encontradas "medidas com efeitos imediatos que possam responder aos problemas de forma eficaz". O presidente da autarquia tem alertado igualmente para a importância do policiamento de proximidade na cidade, tendo vindo a assinalar um aumento da perceção de criminalidade, bem como a necessidade de reforços da PSP e de atribuição de mais poderes à Polícia Municipal. Após uma primeira reunião com a ministra da Administração Interna, ocorrida em julho, Carlos Moedas dava conta aos jornalistas de que iria ser delineado, em conjunto, um plano de segurança específico para a cidade, não havendo ainda data para a sua concretização, Na altura, o autarca adiantou ter também sido abordada "uma aceleração" da videovigilância no concelho, lembrando a existência de 32 câmaras no Cais do Sodré e mais 30 no Campo das Cebolas que estavam "só à espera de uma ligação". Carlos Moedas chegou a pedir ao anterior ministro da Administração Interna a instalação de videoproteção em zonas da cidade como Martim Moniz, Mouraria, Arroios, São Domingos de Benfica e Avenida da Liberdade. Lisboa dispõe, atualmente, de 64 câmaras de videovigilância.
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