Cancelados 326 comboios devido à greve
Greve dos trabalhadores da Infraestruturas de Portugal para reclamar aumentos salariais é superior a 90%.
A adesão à greve dos trabalhadores da Infraestruturas de Portugal (IP) para reclamar aumentos salariais é superior a 90%, de acordo com o coordenador da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans), José Manuel Oliveira.
Em declarações aos jornalistas em Lisboa, José Manuel Oliveira estimou que a greve no sector ferroviário seja superior a 90% e que no sector rodoviário se aproxime desse valor também.
O coordenador da Fectrans lamentou que esta greve tenha de se fazer face "à intransigência da administração da IP", salientando que a proposta que lhes foi apresentada no sábado apontava para um aumento salarial inferior a dois euros mensais.
"Não faz sentido que haja um acordo aqui relativamente à IP diferente daquele que foi conseguido na CP, onde houve um aumento intercalar de salários até estar terminada a negociação do Acordo Colectivo de Trabalho", disse.
Os trabalhadores da Infraestruturas de Portugal (IP) fazem hoje uma greve para reclamar aumentos salariais de cerca de 4%, prevendo-se "fortes perturbações e supressões" na circulação de comboios, estando salvaguardadas 25% das ligações em Lisboa e no Porto.
Os serviços mínimos definidos prevêem 25% da circulação em Lisboa e no Porto, em horário normal e nos serviços Alfa, Intercidades e Internacionais, bem como no comboio da Ponte 25 de Abril (Fertagus).
Segundo a CP -- Comboios de Portugal, num dia normal teriam circulado, entre as 00h00 e as 10h00, 463, comboios, mas hoje realizaram-se 137, ou seja, foram suprimidos 326.
Dos serviços mínimos decretados (25%), efetuaram-se até essa hora cinco comboios, referiu a mesma fonte.
Na Fertagus, que faz a ligação ferroviária na Ponte 25 de Abril, entre Lisboa e Almada, entre as 00:00 e as 09:39 circularam 16 dos 21 comboios habituais. O próximo comboio na ponte só vai circular às 14h58.
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