Secções
Entrar

Câmara de Lisboa discute alargamento dos poderes da EMEL

23 de janeiro de 2019 às 20:29

A proposta dos vereadores da Mobilidade, Miguel Gaspar (PS), e das Finanças, João Paulo Saraiva (Cidadãos por Lisboa, eleito na lista do PS), é discutida na reunião do executivo municipal.

A Câmara Municipal de Lisboa discute na quinta-feira uma proposta de alteração dos estatutos da EMEL, a empresa de estacionamento, conferindo-lhe poderes como os de contratação, acompanhamento e fiscalização de obras.

A proposta dos vereadores da Mobilidade, Miguel Gaspar (PS), e das Finanças, João Paulo Saraiva (Cidadãos por Lisboa, eleito na lista do PS), é discutida na reunião do executivo municipal.

A alteração dos estatutos da Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa (EMEL) passa pela atribuição dos "poderes necessários à contratação, acompanhamento e fiscalização de empreitadas executadas por conta do Município de Lisboa no âmbito de contratos interadministrativos celebrados para o efeito".

Entre as atividades que passam a estar previstas nos estatutos da empresa municipal constam também a "fiscalização e vigilância de locais de estacionamento público urbano e serviços associados que integram o sistema de apoio à mobilidade urbana, como o controlo do acesso às zonas de acesso condicionado e a vigilância de túneis rodoviários".

A "prestação de serviços de implementação e gestão de redes semafóricas" e a "construção e operação de infraestruturas de suporte a todos os modos de mobilidade" são outras atividades mencionadas na proposta de alteração de estatutos.

Os vereadores do CDS-PP vão votar contra, argumentando à Lusa João Gonçalves Pereira que "mais uma vez Fernando Medina quer retirar competências à Câmara Municipal de Lisboa e delegá-las numa entidade externa para fugir ao escrutínio municipal", acusando os socialistas de lidarem "mal com a prestação de contas".

O PCP vai pedir o adiamento da proposta, que foi aditada a uma reunião extraordinária na qual será discutida a transferência de competências do Estado, mas caso seja votada, a proposta merece o voto contra dos comunistas, que se opõem ao "esvaziamento das competências da Câmara", que consideram também "esvaziamento do debate democrático", disse o vereador Jorge Alves.

O vereador do PSD João Pedro Costa disse que os sociais-democratas vão abster-se porque consideram que "continuam por consagrar as orientações políticas de melhor serviço aos cidadãos" e de "claro investimento na oferta de estacionamento para moradores", considerando, contudo, positivo que se quebre "o ciclo de gestão obsoleta dos semáforos".

O vereador do BE, Manuel Grilo, com quem o PS tem um acordo para o governo da cidade, vai votar a favor, já que esta alteração aos estatutos tem por base o plano estratégico da EMEL e o orçamento já aprovados, tratando-se de um voto em coerência com a aprovação destes documentos, apontou fonte do gabinete bloquista.

A Câmara discute e vota na quinta-feira submeter à Assembleia Municipal de Lisboa a proposta de alteração aos estatutos da EMEL, bem como mandatar o vereador da Mobilidade para a defender na assembleia-geral da empresa.

Ainda relativo à EMEL, a reunião do executivo municipal vai discutir propostas para estabelecer um contrato de mandato para a execução de ciclovias", no valor de 3 milhões e 298 mil euros, e um contrato para a gestão da rede de semáforos, no valor de 5 milhões e 460 mil euros.

Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
Artigos recomendados
As mais lidas
Exclusivo

Operação Influencer. Os segredos escondidos na pen 19

TextoCarlos Rodrigues Lima
FotosCarlos Rodrigues Lima
Portugal

Assim se fez (e desfez) o tribunal mais poderoso do País

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela
Portugal

O estranho caso da escuta, do bruxo Demba e do juiz vingativo

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela