Associações de militares, GNR e polícia marítima contra diploma de carreiras especiais
Está em curso uma petição pública que defende um pedido de alteração, junto da Assembleia da República, da medida legislativa.
Associações profissionais de militares, da Guarda Nacional Republicana e da Polícia Marítima criticaram hoje o decreto-lei sobre as carreiras especiais publicado na segunda-feira, que consideram injusto por não corrigir as consequências do tempo de serviço congelado.
Em comunicado, estas organizações defendem que "o diploma em si é injusto, mas também cria outras injustiças", não só para aqueles que são abrangidos pelo seu conteúdo, mas também para aqueles que, durante o período do congelamento, transitaram para a situação de reserva/reforma.
"Porém, como sempre o têm referido, as estruturas signatárias não desistem de lutar pelas soluções mais justas e exequíveis para os profissionais destes setores de atividade, de modo a evitar a destruição da carreira de todos aqueles que um dia juraram dar a vida", referem.
A nota conjunta, assinada por organizações como a Associação Nacional de Sargentos (ANS), Associação de Oficiais das Forças Armadas (AOFA), Associação dos Profissionais da Guarda (APG/GNR), Associação Sócio-Profissional da Polícia Marítima (ASPPM) e Associação de Praças (AP), defende que o diploma representa "uma clara atitude de fuga à intenção de ver corrigidas as consequências do tempo de serviço que esteve congelado".
As associações lembram que sempre se manifestaram disponíveis para, em processo negocial, encontrar o melhor modo e prazo para recuperar o tempo de serviço congelado e sublinham que a publicação deste decreto-lei "não é o fim do caminho".
Reforçam a necessidade de manter a determinação e a união "em torno deste e de outros combates" e lembram que está em curso uma petição pública que defende um pedido de alteração, junto da Assembleia da República, da medida legislativa que originou uma situação que consideram "injusta e indigna".
A petição em causa, até ao início da manhã de hoje, tinha recolhido 3.270 assinaturas.
O diploma publicado na segunda-feira, que abrange carreiras especiais como as dos militares, juízes, polícias e professores, prevê a recuperação para efeitos de progressão na carreira de 70% do tempo de serviço, que esteve congelado entre 2011 e 2017.
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