As homenagens a Zeca Mendonça, o histórico assessor do PSD
José Luís Mendonça Nunes morreu na quinta-feira aos 70 anos. Funcionário do PSD desde 1974, foi trabalhar no final de 2017 para Marcelo Rebelo de Sousa, tornando-se assessor do Presidente da República.
O assessor da Presidência da República José Luís Mendonça Nunes, conhecido por Zeca Mendonça, morreu na quinta-feira aos 70 anos. Nascido em Lisboa, na freguesia de Santos-o-Velho, em 23 de março de 1949, era funcionário do PSD desde 1974. No final de 2017, foi trabalhar para Marcelo Rebelo de Sousa, tornando-se assessor do Presidente da República.
Esta sexta-feira, o Presidente da República destacou as "excecionais qualidades de caráter, personalidade, devoção à causa coletiva e competência humana" do assessor do PSD. Numa nota publicada no site da Presidência, Marcelo Rebelo de Sousa agradeceu o "exemplo" de Zeca Mendonça, "um companheiro de meio século de percurso comum".
"No infelizmente curtíssimo espaço de um ano e três meses, José Mendonça confirmou, nas funções que exerceu na Casa Civil da Presidência da República, as excecionais qualidades de caráter, personalidade, devoção à causa coletiva, competência e humanidade, que havia já revelado durante um período de quatro décadas na vida partidária e política nacional", sublinhou o Presidente.
Marcelo Rebelo de Sousa lembrou que Zeca Mendonça demonstrou "sempre, que as virtudes pessoais valem mais do que os cargos e as funções, e que a força da Democracia nasce da humildade e contributo de todos os dias ao serviço dos outros". Na mensagem, o Presidente da República recordou ainda "com infinita saudade a sua inexcedível amizade".
Marques Mendes lembra "laranjinha de uma dedicação sem limites"
O antigo presidente do PSD Luís Marques Mendes lamentou a morte de "um grande amigo" e recordou o histórico assessor do partido Zeca Mendonça como "uma pessoa com o coração do tamanho do mundo".
"Um laranjinha de uma dedicação sem limites. Um colaborador de uma lealdade exemplar", destacou Marques Mendes, numa declaração à agência Lusa.
Marques Mendes, que liderou o partido entre 2005 e 2007 e a bancada parlamentar entre 1996 e 1999, defendeu que o PSD "deve muito" a Zeca Mendonça. "Todos temos para com ele uma enorme dívida de gratidão", salientou.
Durão Barroso diz que morreu "pessoa muito boa" que faz parte do PSD
O antigo líder do PSD José Manuel Durão Barroso lamentou a morte de Zeca Mendonça, considerando que o antigo assessor "faz parte da história" do partido.
"Notícia muito triste: morreu o nosso Zeca Mendonça, uma pessoa muito boa que faz parte da história do PSD", escreveu José Manuel Durão Barroso, na rede social Twitter.
Na mensagem, o também ex-presidente da Comissão Europeia, que liderou o PSD entre 1999 e 2004, enviou os seus "mais sentidos pêsames" aos familiares e amigos mais próximos de Zeca Mendonça.
Também no Twitter, o comissário europeu Carlos Moedas lembrou Zeca Mendonça não só como "um grande profissional", mas também como "um grande ser humano".
"Um homem bom", escreveu Carlos Moedas, que envia "um abraço à família".
Santana recorda perda da "sombra boa" de todos os presidentes do PSD
O antigo presidente do PSD Pedro Santana Lopes lamentou a "perda de um amigo e confidente" e recordou Zeca Mendonça como "a boa sombra" de todos os líderes sociais-democratas.
"É a perda de um grande amigo, de um confidente meu e acho que de todos os presidentes do PSD. Era a nossa sombra, a boa sombra, na qual nos abrigávamos muitas vezes, nomeadamente quanto o tempo piorava", lembrou Santana Lopes, em declarações à Lusa.
Santana Lopes, que no verão passado deixou o PSD para fundar o novo partido Aliança, recorda Zeca Mendonça desde sempre no partido, mas sobretudo quando exerceu as funções de líder, entre 2004 e 2005.
"Ele acompanhava-nos para todo o lado, são cargos solitários, e o Zeca era o confidente. Tornámo-nos amigos. Foi sempre impecável e irrepreensível comigo, era um cavalheiro", destacou.
Cavaco Silva lembra "um homem bom" a quem PSD muito deve
O ex-Presidente do República Aníbal Cavaco Silva lembra o antigo assessor do PSD Zeca Mendonça como "um homem bom" a quem o partido e "cada um dos seus líderes muito devem".
Numa declaração escrita, Cavaco Silva, que liderou o PSD entre 1985 e 1995, refere que foi com "tristeza" que tomou conhecimento da morte de Zeca Mendonça e recorda que ainda há poucos dias falou com ele.
"A propósito do seu aniversário, há uns dias, tive oportunidade de transmitir ao Zeca e à família que nunca esquecerei o quanto ele me ajudou na minha vida política. Foram dezenas de campanhas feitas com o seu apoio direto, que mostraram a sua enorme lealdade, capacidade e dedicação, ao PSD e, dessa forma, a Portugal. Presto-lhe uma sentida homenagem", lê-se na nota assinada por Cavaco Silva.
Na rede social Twitter, o cabeça-de-lista do PSD às europeias, Paulo Rangel, também recorda as suas memórias com o histórico assessor social-democrata.
"O Zeca Mendonça ensinou-me muito; muitíssimo. Convivemos de perto quando fui líder parlamentar e desde então ficámos sempre a falar. Atento, previdente, discreto. Nunca se impunha e impôs-se-nos a todos. Nele e com ele, o humanismo era poder. O poder de fazer bem. Bem ao outro", refere.
Rui Rio diz que Zeca Mendonça "faz parte da história do PPD/PSD"
O presidente do PSD, Rui Rio, lamentou na quinta-feira a morte de Zeca Mendonça e considerou que o antigo assessor do partido "faz parte da história do PPD/PPD".
"Morreu o Zeca Mendonça, um profissional competente, honesto e de enorme dedicação ao PSD. A sua simpatia e disponibilidade a todos cativava. O Zeca faz parte da história do PPD/PSD e deixará, para sempre, uma enorme saudade em todos nós. A minha sentida e muito amiga homenagem", escreve Rui Rio, na sua conta oficial da rede social Twitter.
Numa nota de pesar publicada no site do partido, o PSD expressa igualmente "profunda consternação" com a notícia da morte de Zeca Mendonça.
"Nesta hora, faltam as palavras para expressar a sua importância para o partido e para todos aqueles com quem se cruzou ao longo da vida. Dedicação, seriedade e amizade são apenas alguns dos valores em que pensamos quando o relembramos", refere o texto, assegurando que o legado do histórico assessor "permanecerá para sempre".
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