Secções
Entrar

Arménio Carlos pede "mais acções" do Governo contra precariedade

28 de março de 2017 às 20:54

Milhares de manifestantes marcharam entre a Praça da Figueira e a Assembleia da República

O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, pediu hoje ao Governo "menos conversa e mais acções" no combate à precariedade laboral, nomeadamente a que diz respeito aos jovens.

No final de uma manifestação que durante aproximadamente duas horas percorreu várias zonas do centro de Lisboa, o líder da central sindical falou aos jornalistas para defender que o executivo "tem obrigação de associar às palavras os actos".

"O Governo diz que quer combater o modelo de baixos salários e trabalho precário" e tem agora uma "oportunidade única" para o fazer, advogou o sindicalista.

A manifestação nacional da juventude trabalhadora, que contou também com a presença de vários manifestantes de outras idades, teve como lema "O tempo é hoje! Vencer a precariedade, defender os nossos direitos" e realizou-se esta tarde, na mesma data em que se assinala o Dia Nacional da Juventude.

Para Arménio Carlos, "também no sector privado" têm de ser efectivadas medidas de combate à precariedade, e o sindicalista advogou que o Livro Verde das Relações de Trabalho, a ser apresentado pelo executivo na quarta-feira, sinaliza vários alertas deixados pela CGTP nos últimos anos.

"Pela nossa parte, fica aqui este alerta ao Governo: menos conversa e mais acções", reclamou o líder da CGTP.

Arménio Carlos diz que a campanha nacional da central sindical contra a precariedade "está a ter resultados palpáveis", com "vários milhares de trabalhadores" até agora com vínculos precários a passarem a efectivos nas empresas privadas.

"É uma luta onde a solidariedade intergeracional está presente", reforçou, advogando que os pais "querem o melhor para os filhos", e sendo a precariedade um problema dos mais jovens é também "dos mais velhos, porque ninguém está disposto a que os seus filhos tenham amanhã uma vida pior do que eles, enquanto pais, hoje têm".

No global, entre a Praça da Figueira e a Assembleia da República, estiveram presentes alguns milhares de manifestantes.

Empunhando bandeiras da Interjovem/CGTP-IN, o sector mais jovem da central sindical, os manifestantes gritaram recorrentemente durante o trajeto até ao parlamento palavras de ordem como "O trabalho é um direito, sem ele nada feito!" ou "A luta continua nas empresas e na rua!".

O dia de hoje é também marcado por uma greve dos trabalhadores decall centers (centros de atendimentos) dos sectores das comunicações e telecomunicações, com muitos jovens em greve a marcar presença na manifestação em Lisboa. 

Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
Artigos recomendados
As mais lidas
Exclusivo

Operação Influencer. Os segredos escondidos na pen 19

TextoCarlos Rodrigues Lima
FotosCarlos Rodrigues Lima
Portugal

Assim se fez (e desfez) o tribunal mais poderoso do País

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela
Portugal

O estranho caso da escuta, do bruxo Demba e do juiz vingativo

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela