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Exposição a poluição no ar responsável por mais de 2.000 mortes em Portugal em 2021

Lusa 24 de novembro de 2023 às 09:06

A estimativa também aponta para a perda de um total de "20.700 anos de vida" em Portugal por causa da exposição à poluição no ar, em particular nos grandes centros urbanos.

Cerca de 2.100 mortes em Portugal durante o ano de 2021 podem ser atribuídas à exposição a partículas em suspensão, revela um relatório divulgado hoje pela Agência Europeia do Ambiente.

Reuters

De acordo com o relatório "Perigo da poluição do ar para a saúde humana: o fardo da doença 2023", a poluição do ar é "atualmente o maior fator de risco ambiental na Europa", continua a principal causa de "saúde débil e contribui em particular para doenças respiratórias e cardiovasculares".

O documento tem informação referente ao ano de 2021 e conclui que, nesse ano, 2.100 mortes em Portugal podem ser atribuídas à exposição a partículas em suspensão, também conhecidas como partículas finas.

Esta estimativa também aponta para a perda de um total de "20.700 anos de vida" em Portugal por causa da exposição à poluição no ar, em particular nos grandes centros urbanos.

Na Polónia, a exposição ao mesmo tipo de partículas terá sido responsável por 47.300 mortes em 2021, o número mais elevado em todo o continente europeu. Seguem-se Itália (46.800 mortes) e Alemanha (32.300 mortes). A Irlanda foi o país com menos mortes registadas por esta exposição a poluição (460).

No total, em toda a Europa podem ser atribuídas 253.000 mortes à exposição a partículas finas.

A Agência Europeia do Ambiente alertou que, apesar dos progressos feitos entre 2005 e 2021, com a redução em 41% do número de mortes por exposição a partículas finas, os níveis de poluição no ar continuam acima do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Entre as doenças provocadas pela exposição a estas partículas estão as cardiovasculares, enfartes, diabetes mellitus, doença de obstrução pulmonar crónica, cancro nos pulmões e asma.

A Agência Europeia do Ambiente estima que seja necessário reforçar as políticas de descarbonização e ambientais, que possibilitem, por exemplo, a redução do número de automóveis nas cidades – locais de maior concentração de poluição -, e trabalhar para reduzir com eficácia a pobreza energética – a utilização de madeira e carvão para aquecer habitações é responsável pela libertação de uma parte da poluição para o ar.

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