Sábado – Pense por si

Rui Hortelão
Rui Hortelão Director da SÁBADO
23 de julho de 2015 às 08:05

Marinho e Pinto, o pioneiro indesejável

Uma lacuna na lei – nunca antes explorada – permite que alguém eleito pelos portugueses por um partido o abandone logo a seguir às eleições, crie um novo partido e concorra por ele às legislativas. Tudo sem qualquer tipo de penalização ou censura

A Grécia, o equilíbrio nas sondagens entre a coligação PSD/ CDS e o PS e a animada dança das cadeiras de candidato presidencial têm remetido Marinho e Pinto para segundo plano. É verdade que o ex-bastonário tem feito de tudo para chegar ao primeiro, mas o caminho que está a fazer ameaça levá-lo no sentido oposto. Ajustadíssimo para alguém que enganou um partido político – o Movimento Partido da Terra (MPT) – e os portugueses que nele votaram, e a seguir se lançou na corrida às próximas eleições legislativas, barricando-se nas regalias de eurodeputado. E ninguém lhas consegue tirar: no Parlamento Europeu a troca de partido a meio de um mandato não é causa directa para o perder; e por cá, a Assembleia da República, o Tribunal Constitucional e a Comissão Nacional de Eleições declaram-se incompetentes para decretar a perda de mandato.

Para continuar a ler
Já tem conta? Faça login

Assinatura Digital SÁBADO GRÁTIS
durante 2 anos, para jovens dos 15 aos 18 anos.

Saber Mais

As 10 lições de Zaluzhny (I)

O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.