Sábado – Pense por si

Pedro Marta Santos
Pedro Marta Santos
26 de março de 2019 às 09:00

Memórias de opressão sexual

Joyce Johnson escreve um texto simplesmente extraordinário sobre o que foi ser mulher no século XX. É um canto de suave desespero, entre o entusiasmo e a desolação, daquele encosto forçado, com o sexo entumecido, de um adulto anónimo enquanto viajava de pé no autocarro

THE EVERGREEN REVIEW é uma revista literária norte-americana fundada em 1957 por Barney Rosset, um editor corajoso que lutou e venceu a batalha da publicação nos EUA das versões integrais deO Amante de Lady Chatterley, de D. H. Lawrence, e do Trópico de Câncer, de Henry Miller. A Evergreen nunca teve a fama e o prestígio da Paris Review, iniciada quatro anos antes, ou da quase centenáriaThe New Yorker, mas Rosset, com aquela curiosidade e o sentido prático típico dos grandes editores de Chicago e Nova Iorque, deu a conhecer à Costa Este e ao Midwest autores como Pablo Neruda, Jean Genet, Sartre (logo no número de abertura) Eugène Ionesco, Samuel Beckett - chamou Beckett a um dos filhos -, Marguerite Duras e Harold Pinter. Foi também instrumental na afirmação da beat generation, promovendo e publicando Ginsberg, William S. Burroughs, Hubert Selby Jr. Não sei se Rosset alguma vez conheceu Joyce Johnson.

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