Sábado – Pense por si

José Pacheco Pereira
José Pacheco Pereira Professor
17 de março de 2019 às 13:00

As mulheres na rua não são todas iguais

A combinação de políticos fracos com uma comunicação sem jornalismo, mas assente no apontar de culpas e culpados, misturando coisas sérias com irrelevâncias, alimenta a progressiva diluição da democracia e a sua substituição pela demagogia

Milhares de mulheres saíram à rua nestes dias, em várias manifestações. Podemos distinguir dois grupos principais de manifestantes, umas participaram em iniciativas da CGTP e do MDM, outras debaixo de um título de "greve feminista", com origem internacional e trazido para Portugal por várias organizações como a Rede 8 de Março, e outros grupos feministas. Quando vi o título de "greve feminista" pensei que era a clássica greve de Lisístrata, a recusa de sexo enquanto durasse a guerra, mas afinal é a greve a cozinhar, levantar a mesa, e outras tarefas domésticas.

Para continuar a ler
Já tem conta? Faça login

Assinatura Digital SÁBADO GRÁTIS
durante 2 anos, para jovens dos 15 aos 18 anos.

Saber Mais
No país emerso

Por que sou mandatária de Jorge Pinto

Já muito se refletiu sobre a falta de incentivos para “os bons” irem para a política: as horas são longas, a responsabilidade é imensa, o escrutínio é severo e a remuneração está longe de compensar as dores de cabeça. O cenário é bem mais apelativo para os populistas e para os oportunistas, como está à vista de toda a gente.

Visto de Bruxelas

Cinco para a meia-noite

Com a velocidade a que os acontecimentos se sucedem, a UE não pode continuar a adiar escolhas difíceis sobre o seu futuro. A hora dos pró-europeus é agora: ainda estão em maioria e 74% da população europeia acredita que a adesão dos seus países à UE os beneficiou.