Sábado – Pense por si

José Pacheco Pereira
José Pacheco Pereira Professor
18 de novembro de 2016 às 08:00

À memória de Miguel Veiga: já não se fazem muitos assim

Ele gostava da vida, era um bon vivant, cultivava as amizades de uma forma antiga que hoje caiu em desuso. Aliás ele era um dos últimos representantes de um modo de viver aristocrático, ou se se quiser “burguês” no sentido clássico

O Miguel Veiga morreu uma semana antes de uma sessão de homenagem que se ia realizar na Cooperativa Árvore no Porto, em que estava previsto falarem dois dos seus amigos: eu próprio, com muita honra, e Artur Santos Silva. Isto porque o Miguel Veiga tinha amigos de cultura, amigos de ironia e amigos de combate, às vezes juntando-se algumas dessas qualidades numa só pessoa. O que unia os seus amigos, numa espécie de círculo pessoal pouco comum, era nele sempre melhor: o gosto pela "boa" vida; o sentido do valor das humanidades e das artes, como forma de vida e não como complemento de vida; o amor ao Porto, uma terra que nos "faz" mais do que a fazemos a ela; e, por fim, o combate político pela liberdade, pela democracia e pela social-democracia.

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