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A ordem mundial está em colapso porque os EUA abdicaram de liderança global baseada no multilateralismo e passaram a preferir o jogo dos Grandes Poderes. A Europa passa a estar num triplo risco externo, entre a ameaça russa, a competição chinesa e a imprevisibilidade de Trump. Nos EUA, o "Plano" para tomar o poder ideológico teve modelo estruturado previamente. Morin, nas 16 lições expostas, em livro bem nos avisa: "O progresso material não é acompanhado por qualquer progresso moral".
A ordem mundial, temos explicado isso todas as semanas por aqui, está em colapso. João Vale de Almeida, diplomata europeu durante 40 anos, embaixador da UE nos EUA, ONU e Reino Unido, assistiu a esse processo por dentro e lidou de perto com os grandes líderes mundiais das últimas décadas. O diagnóstico é tão preocupante quanto certeiro: a NATO está em sério risco, mas é demasiado cedo para a Europa desistir dos EUA. A América desistiu da liderança global, não voltará a ser o que era mesmo quando Trump sair da Casa Branca, mas não há alternativa real ao poder americano no nosso espaço transatlântico. E sim, isso é um grande problema. Trump é, ao mesmo tempo, sintoma e causa e revela uns EUA que, oscilando entre Bush, Obama, Trump e Biden nas últimas duas décadas, parecem numa permanente busca de algo perdido. A Europa está metida num triplo risco externo: a ameaça da Rússia, a competição da China e a imprevisibilidade dos EUA. É o "triângulo das Bermudas" da UE. E Putin? João Vale de Almeida lembra-nos algo que nos pode criar desconforto: até à anexação da Crimeia, a Rússia mantinha-se no G8. O Brexit foi um disparate que está a sair caríssimo à Velha Albion, meteu o Reino Unido num confinamento, mas não é a explicação principal para o momento atual. O "fim do fim" tem dois anos que o explicam: 2001 (11 de Setembro) e 2022 (invasão de Putin à Ucrânia). Pelo meio, 2016 foi o ano que nos revelou o populismo no poder. É o que se vê.
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Num debate político talvez valesse a pena fazer uma análise de quem tem razão, quem conhece melhor o país, quem apresenta soluções exequíveis no âmbito dos poderes presidenciais, quem fala dos aspectos éticos da política sem ser apenas no plano jurídico.
O que deve fazer para quando chegar a altura da reforma e como se deve manter ativo. E ainda: reportagem na Síria; ao telefone com o ator Rafael Ferreira.
De qualquer maneira, os humanos, hoje, no século XXI, são já um mero detalhe em cima da Terra. Hoje há bilionários, máquinas e os anexos – os biliões de humanos que por aqui andam.