Sábado – Pense por si

Eduardo Dâmaso
Eduardo Dâmaso
08 de novembro de 2018 às 22:54

Os truques da EMEL

Tem um dístico de residente da EMEL e aguarda tranquilamente que lhe enviem uma carta com os códigos de pagamento por multibanco da respectiva revalidação? Acautele-se porque a carta provavelmente não irá chegar e o prazo vai expirar sem que dê por isso. O que lhe vai bater à porta, fatal como o destino, é o reboque para lhe levar o carro. Se está sossegado porque acha que existe uma relação de boa-fé da empresa para consigo ou que esta se modernizou no serviço prestado aos cidadãos, desengane-se porque a EMEL continua a ser o velho depositário de arcaísmos administrativos.

Nos últimos tempos, por razões que a EMEL não consegue explicar nem ao telefone nem nos seus próprios serviços, em algumas zonas de Lisboa as cartas não estão a ser enviadas para quem há muito tem o dístico de residente. O que está a ser enviado é o reboque de bloqueamento de carros e o que está a ser aplicado são multas cegas. A EMEL não só não facilita a vida dos automobilistas, enviando as cartas de pagamento e revalidação, como também não justifica a razão por que não o faz. A EMEL pura e simplesmente inverte o ónus da regularização do problema, remetendo-o para o cidadão, que se vê obrigado a efectuar uma novo processo de obtenção do título e a perder tempo em deslocações e filas de espera.

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