Sábado – Pense por si

Nuno Tiago Pinto
Nuno Tiago Pinto
11 de dezembro de 2024 às 18:00

Uma nova esperança

Poucos vão chorar a queda de Assad tal como, no futuro, será uma minoria a lamentar o fim dos regimes do Irão, Venezuela, Bielorrússia, Coreia do Norte ou Rússia. Mas é necessário evitar o vazio de poder para impedir que a Síria se torne um Estado falhado, como o Líbano, ou um país que alberga e patrocina o terrorismo.

Existe uma certeza em relação às ditaduras: elas não são eternas. Pode demorar mais ou menos tempo mas chegará sempre o dia em que, reunidas as condições certas, por vezes quando menos se espera, o poder sustentado no medo e na repressão cairá como um castelo de cartas e ressurgirá a esperança. Em Portugal vivemos essa experiência há 50 anos quando – após 48 anos de ditadura – um grupo de militares decidiram por fim ao Estado Novo e avançaram em direção a Lisboa para acabar, nas palavras imortais do capitão Salgueiro Maia, “com o estado a que chegámos”.

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O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.