Sábado – Pense por si

Carlos Rodrigues Lima
Carlos Rodrigues Lima Grande Repórter
06 de setembro de 2018 às 09:00

Se o Jean Jacques Rousseau...

Vamos ser sérios: podemos descarregar a nossa ira sobre os "chicos-espertos" de Pedrógão quando houve milhões dados nas PPP aos privados, um ex-primeiro-ministro que vivia à Marquês, um ex-ministro que recebia do BES e a nata do tecido empresarial que fugiu ao fisco?

A tragédia desperta-nos os sentidos. Capta-nos a atenção, comove, mobiliza mesmo os habituais indiferentes. A proximidade da tragédia cria ainda um desconforto, uma espécie de revolta pessoal perante o acontecimento, acordando sentimentos que podiam estar há muito em hibernação, como a solidariedade. A tragédia de Pedrógão Grande, em 2017, catalisou tudo o que há de melhor no ser humano. Inclusivamente, no português. Houve empenho, mobilização, ajuda, conforto às vítimas, exigência às autoridades públicas para uma resposta atempada e generosa. Foi como se estivéssemos num outro Portugal, mais preocupado com o próximo do que prisioneiro da sua própria bolha.

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