Uma superpotência do terceiro mundo? Redefinir as narrativas sobre o desenvolvimento
Extrema e difusa pobreza, extrema e difusa ignorância: indicadores apavorantes que não deixaram de se reproduzir ao longo dos anos e do território americano, pondo em questão o propagandeado storytelling sobre os EUA.
É desejável que o filme Joker de Todd Phillips não se revele profético, mas faz todo o sentido considerá-lo sintomático de uma dramática e enraizada crise civilizacional. Nos Estados Unidos, a raiz desta crise é profunda e endémica. Quando foi publicado o livro A People's History of the United States: 1492 – Present, do historiador e cientista político Howard Zinn, as reações nos países onde ia sendo traduzido eram de incredulidade. A reconstrução histórica realizada pelo estudioso não demostrava apenas a génese do sistema plutocrático norte-americano (um sistema baseado no domínio exclusivo dos mais ricos na política e na sociedade), retratava também uma história do presente que qualificava os Estados Unidos como um país do terceiro mundo com a maior concentração de riqueza e poder do planeta. Zinn era renomado pelas suas lutas pacifistas e anti-imperialistas, razão pela qual as suas afirmações pareciam exageros dum radical chic. Todavia, apresentava factos concretos sobre as condições de vida e os níveis de instrução dos estadunidenses, assim como das suas relações com as instituições.
Uma superpotência do terceiro mundo? Redefinir as narrativas sobre o desenvolvimento
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