Sábado – Pense por si

João Paulo Batalha
João Paulo Batalha
04 de dezembro de 2024 às 07:23

Uma crise de seriedade

Não levamos os políticos a sério, e isso é mau. Mas eles próprios não se levam a sério, e isso é muito pior.

Começou, como começa tanto do que é pouco sério hoje em dia, na televisão. Na quarta-feira à tarde, Luís Montenegro anunciou uma comunicação ao país para a hora dos telejornais – horário nobre reservado para as grandes emergências nacionais. Às 20h00 lá apareceu, a fazer de comissário de polícia, para anunciar que Portugal era um país seguro, mas que o Governo tinha pegado em armas para combater a insegurança que não existe. A única medida concreta que anunciou – 20 milhões para novas viaturas policiais – correspondia, afinal (em menos), ao investimento que já vinha programado do Governo anterior. 

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Já muito se refletiu sobre a falta de incentivos para “os bons” irem para a política: as horas são longas, a responsabilidade é imensa, o escrutínio é severo e a remuneração está longe de compensar as dores de cabeça. O cenário é bem mais apelativo para os populistas e para os oportunistas, como está à vista de toda a gente.