Vai ser uma campanha insuportável. Luís Montenegro vai tentar vender-se aos eleitores como a vítima menos convincente da História política portuguesa, depois de ter impingido ao país um conflito de interesses pessoal que tinha solução fácil, mas que a cada passo recusou resolver. Pedro Nuno Santos vai procurar todas as hipérboles que lhe vierem à cabeça para colar suspeitas criminais a um caso de má conduta ética, numa vertigem moralizadora para a qual tem pouco currículo. O Chega vai dizer o que é costume, fazendo figas para que os eleitores esqueçam os deputados-bagageiros, os candidatos pedófilos e o refugo do centrão que compõem as suas listas. E no final, o problema de fundo continuará por resolver.