Os tempos em que Portugal punha e dispunha, controlando o tráfego marítimo no Índico, já lá vão. Parafraseando a velha piada, Vasco da Gama morreu, Afonso de Albuquerque morreu e nós não nos estamos a sentir nada bem. É assim que, quando um navio com bandeira portuguesa é atacado pela Guarda Revolucionária do Irão, no contexto de um conflito cada vez mais aberto com Israel, não há artilharia naval que reponha o prestígio do império. Portugal pouco mais pode fazer do que "pedir esclarecimentos" ao país dos Ayatollahs. Mas a questão mais interessante é mesmo: o que temos nós a ver com isto?