Sábado – Pense por si

George Friedman
George Friedman Chairman da Geopolitical Futures
18 de setembro de 2019 às 16:11

As opções militares americanas no Irão

Os Estados Unidos acusaram abertamente o Irão de estar por detrás dos ataques à maior refinaria da Arábia Saudita. Agora a questão é: o que os EUA vão fazer?

Os Estados Unidos estão numa posição difícil. Os ataques não afetaram diretamente os EUA, exceto através do aumento do preço do petróleo – o que na verdade ajuda a indústria petrolífera americana. Há a tentação de deixar os ataques fazerem parte da história. Mas os Estados Unidos formaram uma aliança anti-Irão na qual a Arábia Saudita é um elemento chave (apesar de fraco). A Arábia Saudita está sob pressão interna dos membros da família real que se opõem ao príncipe herdeiro Mohammed Bin Salman e a redução dos preços de petróleo minaram a coesão política do reino. Não fazer nada colocaria em causa a coligação patrocinada pelos Estados Unidos. A Arábia Saudita é um player importante  no mundo árabe sunita – e esse mundo é a maior ameaça à expansão iraniana. Não responder a um ataque iraniano a uma instalação vital saudita poderia ajudar o Irão a aumentar o seu poder na região. Durante a presidência de Donald Trump, a inclinação dos Estados Unidos tem sido evitar iniciar uma ação militar direta e, em vez disso, recorrer à pressão económica. Trump manobrou para minimizar e interromper qualquer ação militar. Por isso, uma ação militar contra o Irão iria não só fazer perigar a estrutura de alianças e contrariar a estratégia americana.

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