Prosseguindo esta linha: uma coisa é aquilo que pensamos ser a eutanásia, outra coisa é injecção letal que põe termo à vida de alguém e outra coisa é a imagem, o sentimento de repulsa ou compaixão, que temos em relação a esse acto
"Uma coisa porém é o pensamento, outra coisa o acto, outra coisa a imagem do acto" perpetuou Niestzsche, em "Assim falava Zaratustra". Prosseguindo esta linha: uma coisa é aquilo que pensamos ser a eutanásia, outra coisa é injecção letal que põe termo à vida de alguém e outra coisa é a imagem, o sentimento de repulsa ou compaixão, que temos em relação a esse acto. Outra coisa é ainda a regulação legal que determina as circunstâncias em que a antecipação da morte não é punida. São inúmeras e complexas as questões que se reclamam ao querer regular a eutanásia, contrapondo no prisma teórico questões religiosas, morais e filosóficas e no prisma prático questões jurídicas e até semânticas. Há quem se refira a esta eventual alteração legislativa como uma mudança do paradigma da sociedade. Não obstante, é sem dúvida uma questão que deve ser ponderada cum grano salis, isto é com parcimónia e ponderação, independentemente das várias interpretações que brotam desta expressão. O anteprojecto do BE, que acelera de forma abrupta o processo desta discussão pauta-se no entanto por ser ponderado na sua análise: veda a possibilidade de o pedido ser efectuado por menores ou por doentes com perturbações mentais, exigindo que este seja formulado por uma pessoa com lesão definitiva ou doença incurável e fatal e que se encontre em sofrimento duradouro e incurável. Para além da possibilidade de revogação do pedido a qualquer momento, este só pode ser formulado por pessoas conscientes sendo interrompido o processo caso o doente, em meados do processo, seja incapaz de entender o sentido e o alcance do seu pedido.
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