Hoje de manhã, a roer a minha carcacinha com marmelada (que sou alérgica à leitose) comecei a empreender, claro, cá nisto do Dótor Guterres para ir para presidente lá da Coisa. E pensei: ainda bem que não lhe conseguiram fazer a cama, que não foi por falta de tentarem. Ora se já lhe tinham posto na cabeça que ia para lá, não havia direito de fazer isso ao homem. Vai-se a ver, se calhar, até já se tinha desempregado por causa disto e tudo. E já devia de ter alugado um quarto lá em Nova Iorque. Ou um tê-zero vá. Não é que eu já lá tenha ido mas, graças a Deus, só não fui porque não quis, que lá tenho uma prima emigrada aos anos. E fica aqui para quem não sabe, que um tê-zero em Nova Iorque, mesmo sem ser central, é brincadeira para cima de quinhentos contos, na moeda antiga. Agora se é mobilado ou não, também não perguntei. Mas deve de ser com certeza, por esse dinheiro todo. Só se o mundo enlouqueceu de vez. Bom, na América, nunca se sabe, que eles ainda devem de estar a pagar a viagem do homem à Lua, que barata não foi com certeza, e é nestas coisas que eles depois vão buscar o dinheiro.

É fazer as contas

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