Quando, na noite do passado sábado, foi conhecida a terrível notícia da morte de Sara Carreira soubemos imediatamente que teríamos de mudar o tema de capa que tínhamos previsto para esta edição. A trágica morte da jovem de 21 anos, o mais novo elemento de uma família querida e admirada por muitos milhares de portugueses, justificava-o. As dificuldades eram imensas, a começar pelo tempo: teríamos apenas um dia para o fazer, um domingo. Havia também o tema em si: pela sua natureza – a pior tragédia que um pai ou uma mãe pode viver – era necessário tratá-lo com sensibilidade, respeito e ponderação. Era preciso colocar-nos no lugar do outro, já que todos nós temos pais, mães, filhos e irmãos. Foi isso que a equipa que se mobilizou para este trabalho tentou fazer. Porque se a dor da família Carreira é inimaginável, a nossa função como jornalistas é também a de dar e tratar as notícias que menos queremos fazer.

A terrível notícia

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