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Venâncio Mondlane, o pregador político

Gabriela Ângelo com Maria Henrique Espada 13 de novembro de 2024 às 23:00

Depois das mortes nas ruas, saiu para a África do Sul, mas continua presente nas redes sociais e nos gritos de ordem nas ruas. Engenheiro, religioso e com retórica revolucionária.

No dia 24 de outubro a comissão nacional de eleições moçambicana anunciou, sem surpresa, a vitória de Daniel Chapo, candidato pelo partido Frelimo (Frente de Libertação de Moçambique), que tem estado no poder desde que o país ganhou a independência de Portugal em 1976. Em segundo lugar ficou Venâncio Mondlane, candidato pelo Podemos (Partido Otimista pelo Desenvolvimento de Moçambique). No entanto, foi desde que os moçambicanos se deslocaram às urnas, no dia 9 de outubro, que o país entrou numa fase de instabilidade política. O caos instalou-se nas ruas de Maputo e do país inteiro, com manifestações de protesto com a alegada fraude eleitoral e a violência  - com mortos - contra quem protesta. O principal rosto da contestação é o de Venâncio Mondlane.

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